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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O primeiro mergulho de 2012

Num dos primeiros fins-de-semana do ano, com boas previsões de estado de mar, o pessoal do CNOCA preparou-se em peso para ir para dentro de água. Nas vésperas a indecisão era grande sobre onde entrar, tal era a panóplia de opções que o mar nos permitia, no que me dizia respeito decidi apostar no Cabo Raso, onde não mergulhava havia já algum tempo e as previsões pareciam permitir um mergulho descontraído. Assim contactei o pessoal do costume e acabei por combinar com o Eurico e com o Guerreiro para o primeiro mergulho do ano no Raso. Por sua vez, o Santana, o Viegas, o Moura e o Guia pensavam rumar a paragens mais para norte...

O Viegas com o seu enfião: deu arroz p'rá familia toda!

Contudo à última da hora mudaram de ideias e pela manhãzinha lá estavam todos no Raso a olhar para o mar: é que mau grado as previsões serem amistosas, o mar apresentava-se com força, com um "swell" respeitoso a rebentar na praia de cascalho e rocha a SE do cabo.
Parecia quase um encontro do Clube, e até o Sr Cte Nobre de Sousa, apesar de impossibilitado de mergulhar, veio encontrar-se com o pessoal na entrada para a água.
Todos a olhar para o mar é como quem diz, que o Viegas e o Santana, sem medo das ondas, já lá estavam dentro a dar à barbatana, que é na água que se apanham os peixes!
O Moura e o Guia, por sua vez, com pouca vontade de apanhar mar, rumaram um pouco mais para Sul, onde foram entrar com águas um pouco mais de feição.
Eu, o Eurico e o Guerreiro, após alguma indefinição sobre onde entrar, lá resolvemos fazer-nos ao mar numa zona mais abrigada imediatamente a Sul do Farol.
Mas as coisas não estavam para correr bem: quando estávamos já praticamente vestidos, o Guerreiro deu uma cabeçada na porta traseira do meu jipe e fez uma pequena incisão no couro cabeludo! Apesar de a ferida não ser muito grande o Guerreiro, não se sentindo muito bem, não se decidiu a entrar e preferiu ficar em terra a "guardar" o jipe até que nós voltássemos.
Entrei e fui ao encontro do Viegas e do Santana, que prontamente reconheceram a minha prancha e também vieram ao meu encontro, enquanto o Eurico seguia para Norte um pouco mais encostado. O Viegas já tinha capturado um sargo e uma abrótea, esta última apanhada enquanto estava a comer as tripas do sargo que tinha ficado preso no buraco!...
A água estava com uma boa visibilidade, mas à medida que o tempo passava o mar ia ganhando mais força e a água foi sujando junto ao fundo.

O Santana com um bom safio, para não ficar atrás do Viegas...

O Viegas sacou mais um safio enquanto o Santana também viu um safio, mas, apesar dos esforços, não o estava a conseguir arpoar em condições. Eu, enquanto os via a trabalhar para encher o enfião, limitei-me a apanhar duas santolas que por ali estavam, mas peixe é que nada...
Até que, num buraco para onde se esgueirava um sargo de dose que eu resolvi seguir, detectei uma boa abrótea, mas, como hesitei em disparar e já estava perto do final da apneia, resolvi deixá-la para o mergulho seguinte. Mas a abrótea enfiou-se para uma zona do buraco que não dava para ver e nunca mais a vi... contudo enquanto esperava que ela pudesse vir espreitar eis que surge, não a abrótea, mas um bom sargo que esta tinha empurrado para fora daquela zona escondida do buraco! Prontamente disparei e após o recolher pude pendurar o primeiro peixe do ano no meu enfião! Teimosamente resolvi voltar a fazer esperas à frente do buraco, ainda na esperança que a abrótea que eu tinha visto quisesse vir espreitar-me, curiosa. Então e não é que após mais alguns segundos à frente do buraco, a abrótea empurra mais outro bom sargo cá para fora! Escusado será dizer que foi mais um que levou com ferro e que juntei ao enfião. Da abrótea é que nunca mais se viu nem sinal não obstante o sem número de mergulhos que voltei a fazer nesse buraco...
Entretanto o Eurico passou ao pé de nós e, sem parar, vi-o seguir para terra.
Já o Santana, ao fim de três tiros, lá conseguiu sacar o seu safio.

Os dois sargos que a abrótea me "ofereceu".

Mesmo assim com estes pequenos desaires, foi um bom mergulho, que me deixou mais uma vez convicto de que, o mar deixando, o Cabo Raso é sempre um bom sítio a visitar!

Abraço e bons mergulhos,

António Mourinha



sábado, 7 de janeiro de 2012

O último mergulho do ano

Com más condições de mar em toda a costa Oeste, e após alguns contactos com amigos do Sul, que confirmaram o bom estado das águas no Algarve, o Eurico e eu decidimos ir dar o último mergulho do ano por aquelas bandas.

A água fria mas limpa permitiu um agradável mergulho, ainda que com pouco peixe caçável, mas onde os cardumes de pequenos sargos nos envolviam rapidamente em cada "agachon" que se fazia. Após várias destas esperas apareceu um pequeno pargo sémia, que, no meio das ainda mais pequenas sarguetas, me pareceu de tamanho aceitável e por isso levou com ferro... à noite quando o comi grelhado, já me tinham passado os remorsos...

Como fazer um peixe parecer ter o dobro do peso para a fotografia...

Como as esperas não estavam a dar grande resultado ainda deu para visitar o destroço do Spyros, que infelizmente se encontrava completamente açoreado, e pescar mais qualquer coisa ao buraco: chocos, rascassos e abróteas compuseram o resto da pesca deste dia. Ah, e ainda tive a sorte de encontrar um arpão em muito bom estado...

Quanto ao Eurico, que pescou sempre bastante afastado de mim, de tal forma que quase não o vi durante grande parte do mergulho, teve menos sorte e ficou-se por alguns chocos.

O último peixe do ano! Para o ano há mais...

Mesmo com pouco peixe, não faltou o Sol, a água limpa, nem a boa disposição, e esta foi de facto uma excelente maneira de nos despedirmos dos mergulhos em 2011...

Com votos de excelentes mergulhos em 2012,

António Mourinha