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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

"Peixinhos da Horta"


Encontrando-me de férias de "sequeiro" em Évora com a criançada, ao fim de alguns dias já começava a sofrer com a falta de possibilidades de mergulhar, sobretudo quando o windguru indicava que excelentes condições se avizinhavam para toda a costa oeste, e ainda mais quando todo o pessoal da faina me dizia que já estavam a planear irem para o mar... Assim comecei a matutar um plano para deixar os miúdos entregues aos avós e tios, e assim poder dar um salto de fugida a Sines, bem pela fresca. As coisas lá se conseguiram arranjar e no dia planeado levantei-me pelas 5 da manhã para após duas horas de viagem chegar à Praia Norte em Sines, deparando-me com um cenário espetacular: a praia deserta, iluminada pelos primeiros raios do Sol nascente e o mar estanhado, apenas com uma pequena ondulação de cerca de um metro. Já com "água na boca", eis que quando já me preparava para equipar verifico que a água com espuma para vestir o fato tinha ficado em casa e aquele fato era impossível de vestir sem espuma! Mas já estava alí e não iria desistir com esta contrariedade, assim fui dormir uma soneca no carro para a entrada do Intermarché, que só abria às 09:00, fui o primeiro cliente do dia comprando ansiosamente uma garrafa de água e uma embalagem de gel de banho. Assim, já com as coisas remediadas, ainda que com duas horas de atraso, pelas 09:30 estava a entrar na água. 

Um rascasso jurássico e um pequeno enxaréu, com a horta em fundo. 


O peixe na borda não era muito, assim fui procurar umas baixas mais por fora onde o cenário era bem diferente: cardumes de pequenos sargos e de judias rodeavam-me imediatamente assim que chegava ao fundo, numa profusão de vida marinha. Aí, ao agachon, para além de outros avistamentos, capturei um robalo, uma dourada e um pequeno enxaréu, este apenas pela raridade aqui no continente e para não me chamarem mentiroso...
Noutra zona mais propícia a pescar ao buraco, dei com um bom safio, dois rascassos, um deles muito grande, e ainda uma santola das velhas, a avaliar pela quantidade de cracas que lhe decoravam a carapaça. Apesar das excelentes condições e de haver algum peixe, avizinhava-se a hora do regresso que não podia ser adiada, e assim, após cerca de duas horas e meia de pesca e de ter "matado o vício" saí a correr rumo a Évora. 
De tal forma que as fotografias acabaram por ser tiradas já aí, junto à horta, pelo que não deixam de ser umas fotografias de pesca submarina algo diferentes, com o que se poderão chamar de "peixinhos da horta"...


Com votos de excelentes mergulhos, 

António Mourinha

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

"Vai entrar água limpa, quente – vai estar bom para os troféus"



Assim dizia o Mourinha para nos engatar para uma faina logo no dia seguinte a um sudoeste. Apesar de habituado ao otimismo do Mourinha, achei melhor do que irmos até à Costa Vicentina de carro e como íamos sair do Alfeite seria também para mim uma oportunidade de ver as margens do Tejo e da costa até às Bicas do lado de cá, alinhei de imediato. Às 8 em ponto encontrámo-nos no CNOCA com o Rogério Santana e notava-se pelo arsenal de arbaletes que a expectativa era grande. Rumámos para Sul debaixo de chuva e fomos batendo as capelinhas mas o mar mostrava pancada e muitas das marcas de sargos e douradas estavam afinal areadas. Eu aproveitei para garantir o petisco e, numa zona perto da superfície, sem cerimónias escolhia os maiores mexilhões antes de visitarmos um spot meu conhecido. Entretanto aí chegados, na ausência de porcos decentes, eu e o Santana atirámo-nos a uns leitõezinhos. O peixe era pequeno, a água suja e com força mas lá se apanharam também uns sargos e um polvo. Entretanto arrancámos para umas baixas corvineiras e aterrámos certeiros no quintal do Mourinha e enquanto eu e o Santana gastávamos o tempo, o dono da horta sacava uma boa abrótea, uma saima e um belo robalo, este apanhado num derradeiro mergulho mesmo debaixo do nariz do Santana.




Finalmente ao constatar que mais uma marca estava inacessível, regressámos ao porto com o corpo maçado e mais um dia entre amigos para recordar.

Com um abraço subaquático,


Nuno Rosado

domingo, 19 de agosto de 2012

Pesca submarina em 2012 com o meu Camarada

         Após meses e meses, que parecem antes anos, de conversas telefónicas com o meu camarada de pesca submarina – o meu irmão, lá surgiu a oportunidade de fazer 2 dias de água como deve ser….

Na costa de Sintra (1ª entrada do dia):
        Deixamos para trás 2 mulheres cada (mulheres e filhas) e saímos de casa bem cedo cheios de vontade de encontrar condições de Mar pelo menos razoáveis…. Quando chegamos à praia xxxyy, o Mar tinha alguma força e a água parecia estar tapada mas a vontade era muita e acabamos por entrar. Dentro de água constatamos parte do pior cenário, água com 0,3 a 1m (a contraluz) de visibilidade. Depois de uns mergulhos inventados devido às condições, apenas um cardume de sargos tinha sido visto pelo meu irmão e, quando eu já me preparava para sair da água oiço um grito. Penso rapidamente “já houve merd…..”, tiro a cabeça fora d’água, localizo o meu irmão e ele diz “PÁ, VI UMA CORVINA”. Lá volto eu para trás. Acabamos por andar naquelas condições mais 30 ou 40 minutos e ……………….. NADA mais se viu, NADA se apanhou.

         Saímos da água e com alguma vontade e uns quantos desafios mútuos, lá fomos nós até Cascais!

Na costa de Cascais – Raio Verde (2ª entrada do dia):
        O meu irmão fez a viagem de carro equipado e até passou pelas brasas eu, lá tive de vestir novamente o fato. Entramos na água e após umas 3 horas de água capturamos 2 bons polvos, uma lula, um safio, uma abrótea e uma espécie de marisco relativamente rara….


        Antevia-se mais 2 bons dias de Mar mas, para conseguirmos o tal dia de pesca em Viana e cumprirmos com alguns compromissos familiares, perdemos 1 desses dias na viagem e nos afazeres familiares. A pesca submarina em Viana iria-se resumir a um dia de pesca. O tal dia de pesca, que tinha já sido “discutido” horas e horas a fio ao telefone, planeado, replaneado, sonhado, etc….

Na costa de Viana do Castelo – de barco "Princesa do Lima":
        Saímos de casa relativamente cedo, na expectativa de o nevoeiro levantar e o vento soprar mais tarde….
        Na praia Norte vimos que as condições eram boas e lá fomos nós à Marina buscar o barco.
        No mar, os meus primeiros mergulhos foram muito maus, as noites mau dormidas pagam-se e os filhos dão-nos pouco descanso. Decido ir ao barco trocar de arma e passo junto ao meu irmão, este andava entretido e tinha um robalito e um bom badejo. Quando decido sair, há um negrão que não me sai da frente e apanho-o. Quando estou a chegar ao barco e a desarmar a arma, as ogivas saltam e,  bcalsyucpaoyc bdcaoluycxopa vbsxka, lixo os dedos de tal maneira que fiz sangue e quase não conseguia mexer os dedos de uma mão.
        Após suspender, sugeri ir pescar para as algas entre os 0m e os 5m, para tentar fazer alguma coisa com a apneia que estava.
        Antes disso fomos a uns buracos conhecidos mas não havia nada de realce.
        O meu irmão após uns valentes meses de Madeira e a típica pesca de lá, vinha cheio de pica e lá ia apanhando uns robalotes (chaliços na linguagem local, ou seja, robalos pequenotes – com menos de 1kg).
        Já nas algas, o meu irmão decidiu ficar no barco a descansar (dormir), se calhar pela pouca confiança no local… Eu lá me fiz à água e cerca de 20 minutos depois, vejo os primeiros chaliços. Um pouco sem saber o que fazer, deixo passar/fugir os primeiros. Depois de não ver mais nada, nem polvos nuns bons cabeços, apanho um chaliço. Depois mais um robalo de kg, quando o meu irmão decide suspender o ferro e está quase a chegar ao pé de mim apanho mais um robalo com 1,6 kg. As coisas começavam-se a compor. Após mais alguns chaliços e um robalo com mais de kg do meu irmão, decidimos pescar um pouco com a corrente e tirar partido de estarmos de barco. Cerca de 1,5 horas depois, o meu irmão aparece ao pé de mim com o barco e eu digo “só mais 2 mergulhos”, no 2º mergulho eis que vejo o meu peixe e penso “… vou falhar…” o peixe passa por baixo de uma grande alga e finalmente aparece do outro lado e, disparo….. ficou seco e ao fim de um minuto, estava no barco o nosso troféu do dia.
        Ainda houve lugar para mais alguma insistência e mais alguns chaliços jeitosos, um sargo, um negrão e uma santola….

E assim de resume um ano de pesca com o meu Camarada e irmão, Pedro da Guia ….!

HdaG

sábado, 11 de agosto de 2012

IX Encontro de Pesca Submarina do CNOCA - Cascais 2012: RESULTADOS

                No passado Sábado, dia 21 de Julho de 2012, realizou-se em Cascais o IX Encontro de Pesca Submarina do CNOCA. Este evento, que contou com a presença de 16 pescadores submarinos, foi inicialmente anunciado para a Ericeira (Praia dos Coxos) à semelhança de 2008 contudo, devido às condições de Mar não serem as mais favoráveis e após um adiamento, foi mais uma vez alterado para Cascais.


               
 Após o encontro no Forte de São Jorge de Oitavos e alguma hesitação na escolha do ponto de entrada na água, foi decidido rumarmos ao Farol do Cabo Raso. Aí, constataram-se condições muito razoáveis para a pesca submarina e o consenso de“todos”.

A boa disposição era muita e as bocas do costume (com o João Guerreiro em grande) animaram em muito a fotografia da praxe.


Ainda alguns calçavam as barbatanas quando já o Nuno Rosado capturava o primeiro exemplar da prova apenas a 2 metros de nós, um choco. Após os primeiros minutose a azafama normal da entrada na água, os atletas foram-se dispersando dentro de água. A visibilidade rondava os 5-7 metros, a temperatura os 13/14º, a ondulação estava de Oeste com cerca de 0,5 metros e nortada soprava moderadamente.
      

                Após as 4 horas de pesca, o pescado capturado resumiu-se a bodiões, polvos, chocos, safios, moreias, marisco com destaque para o lavagante do António Mourinha (navalheiras, santolas e bruxas em pouca quantidade), abróteas, alguns pequenos sargos e uma saima.
Destas capturas destacam-se os maiores exemplares de algumas espécies:

                - Bodião / 1.360 g / Hugo da Guia;
                - Abrótea / 1.850 g / António Mourinha;
                - Moreia / 2.830 g / Bruno Prata;
                - Polvo / 4.870 g / Paulo Silva;
                - Safio / 8.870 g / Paulo Silva;



                As pesagens e o almoço realizaram-se no Restaurante Oitavos – Casa de Chá, com o campo de pesca em pano de fundo e com uma animação e disposição dos atletas e familiares excecionais. Após as pesagens ordenaram-se o pescadores submarinos da seguinte forma:
               - 1º PescaSub: João Santos / 6.550 pontos / 100%;
- 2º PescaSub: João Guerreiro / 6.195 pontos / 94,58%;
- 3º PescaSub: António Mourinha / 5.600 pontos / 85,50%;
- 4º PescaSub: Gil Viegas / 4.315 pontos / 65,88%;
- 5º PescaSub: Jorge Luz / 4.225 pontos / 64,50%;
- 6 º PescaSub: Paulo Silva / 3.250 pontos / 49,62%;
- 7 º PescaSub: Nuno Rosado / 2.810 pontos / 42,90%;
- 8 º PescaSub: Hugo da Guia / 1.960 pontos / 29,92%;
- 9 º PescaSub: Bruno Prata / 1.500 pontos / 22,90%;
- 10 º PescaSub: Nuno Fonseca / 1.230 pontos / 18,78%;
- 11º PescaSub: Sandro Lemos / 750 pontos / 11,45%;
- 12 º PescaSub: Fernando Oliveira / Filipe Vieira / Paulo “Tigra” / Paulo Vieira / Rogério
                             Santana / 0.000 pontos / 000%.

Durante o almoço, as conversas incidiram sobre as histórias das capturas, o material de pesca submarina e sobre o regulamento do evento. Quase todos aproveitaram o fato de o selecionador nacional estar presente para tirarem todas as dúvidas da honrosa participação portuguesa no Campeonato do Mundo de Pesca Submarina em Vigo.

Em meu nome e do CNOCA, agradeço a todos os que fizeram desta edição uma das mais participativas de sempre, aos familiares que nos acompanharam numa fase sempre importante do evento, o almoço, à Renata pela reportagem fotográfica e aos nossos patrocinadores o Sr. José Cabrita (FCM, Soluções de Publicidade Lda…) e o Sr. Nuno Maria (Beuchat / Expedição / Altitude).


Obrigado e até ao próximo evento.

Hugo da Guia