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quinta-feira, 25 de julho de 2019

Resumo 3ª e 4ª Jornadas do Campeonato Nacional de Pesca-submarina 2019 - Classificação Final

Realizou-se em Peniche, nos dias 13 e 14 de julho, a 3ª e 4ª jornadas do Campeonato Nacional de Pesca-submarina. Participaram 5 atletas do CNOCA, Jorge Luz, António Mourinha, Rogério Santana, Filipe Vieira e Mário Andrade, os quais obtiveram, respetivamente, o 12º,18º, 21º, 29º e 32º lugar da geral.
O Primeiro dia de prova realizou-se a Sul de Peniche, entre a Ponta da Consolação e a Ponta do Mexilhoal (Areia Branca), estando os atletas da casa divididos em 3 embarcações (CNOCASUB e 2 pessoais). As condições de mar, tal como previsto, endureceram bastante a 3ª e penúltima jornada, pois a visibilidade era fraca e força de fundo uma constante.
António Mourinha, Filipe Vieira e Mário Andrade na CNOCASUB, apostaram inicialmente em zonas próximas de terra, à procura de peixe na espuma. Entre outras espécies foram avistados robalos, alguns de bom porte que até entravam a tiro, mas sempre muito rápidos e desconfiados, não deixando margem para um tiro limpo. Apenas o atleta Filipe Vieira viria a capturar um. Não se tendo realizado capturas em número e tamanho de acordo com as expectativas, não se podia desperdiçar mais tempo, pelo que a estratégia passou por procurar peixe em zonas de maior profundidade, onde aquela força de fundo se fizesse sentir menos. Aí começaram a aparecer os primeiros resultados, pois conseguiu-se capturar uns sargos, safias e tainhas na cota dos 6 a 8 metros. Já praticamente a meio da prova, estes 3 atletas decidiram investigar uma pedra junto a terra, referenciada por ter cardumes de peixe porco, mas, outros atletas já lá tinham passado e apenas foi possível capturar 4 exemplares que não davam certezas de pontuar. O regulamento prevê para esta espécie o peso mínimo de 1kg.
Decorridas já 3 horas de prova, surgiu o inesperado abandono do atleta Mário Andrade por lesão no ouvido, que viria a revelar-se mais tarde numa micro rutura ao nível do tímpano, nada de muito grave mas que carece de algumas semanas de recuperação. Praticamente na mesma altura o atleta Filipe Vieira ficou igualmente limitado, por dores num ouvido. Com dois atletas a menos e já poucas alternativas para escolher um pesqueiro, o pessoal a bordo da CNOCASUB avistou uns moleiros e gansos patolas a mergulhar numa zona marcada com balizas de covos, indicando que a profundidade seria praticável, apesar de afastada de terra. Impossível de varrer com a sonda por estar avariada, bastou largar o lastro da bóia para confirmar as expectativas, com cerca de 13 metros de profundidade, água com melhor visibilidade e pouco explorada por outros atletas, resultou numa bela maragota, com quase 2 kg, capturada pelo atleta António Mourinha.
Jorge Luz em embarcação própria, fazia a sua pesca perto de terra numa zona bem estudada, no entanto a fraca visibilidade e escassez de peixe, nomeadamente tainhas e salemas, obrigaram-no também a procurar peixe por fora. No entanto mais fundo a água estava gelada, o que justifica a pouca movimentação de peixe na zona, ainda assim contabilizaria 11 peixes.
Rogério Santana, também em embarcação própria, fazia uns peixes modestos, fruto de uma boa prospeção e um barqueiro experiente e conhecedor do local.
No domingo, a prova realizou-se a Norte de Peniche, desde o Baleal até à zona da Cruz dos Remédios. A estratégia dos nossos sócios passou por apostar desde logo na zona com melhor referência de peixe, a ponta da pedra da Papôa. Aqui os cardumes de peixe porco eram abundantes, havendo também tainhas e alguns sargos, mas a forte corrente que se fazia sentir na baixa, não facilitou a vida aos atletas.
Jorge Luz pagava a fatura de lutar contra a corrente enquanto procurava buracos de safios anteriormente marcados, revelando mais tarde ter sido má estratégia, pelo esforço e tempo perdido.
António Mourinha e Filipe Vieira após fazerem a cota de peixes porco na Papôa, mudaram logo mais para sul, para ir também à procura de peixes marcados no buraco. Desta vez a sorte estava do lado de António Mourinha, que conseguia reclamar a si um safio com cerca de 14kg.
Já na zona do Baleal Sul/Oeste, o atleta Rogério Santana, contabilizava alguns peixes no enfião. Na parte final decidiu ir mais para Norte do Baleal,  onde captorou um bom sargo com cerca de 800gr.
António Mourinha além dos peixes descritos contava apenas com mais 2 boiões, decidindo mudar e apostar a última hora no limite Sul da zona de prova. Esta opção ainda rendeu uns sargos para ele e no último esforço para o sócio Filipe Viera que tentava de novo contrariar as dores do ouvido. 
Jorge Luz terminava o dia novamente com 11 peixes (8 válidos), mas desta vez “prejudicado” pela monumental pesca do atleta que ganhou o dia, Matthias Sandeck com 39 peixes válidos.
Fim de prova, e os atletas reuniam-se para o lanche de mar, aguardando pelas pesagens e classificação final.
Trocam-se experiências, histórias do dia e reina a boa disposição entre os atletas, porque no final de contas o mais importante é terminar em segurança. Para o ano há mais campeonato, mais peixe e mais CNOCA.
Obrigado a todos os atletas, barqueiros e aos que apoiaram a participação do CNOCA.

A Secção de Pesca-submarina e Apneia
(por Mário Andrade)