Após mais de um ano sem visitar este local, onde já se têm feito umas pescarias jeitosas, mas, devido às suas características, muitas vezes em condições difíceis, de mar (com correntes à mistura) e de visibilidade, lá pareceu reunirem-se condições propícias e desafiei o Chico Viegas para um mergulhito matinal. Quando chegámos verificámos que, de facto, o mar estava bom, mas a visibilidade não prometia... e com efeito assim foi, mal dava para se ver a ponta da arma, isto nos melhores sítios. Mas com estava a estrear as minhas novas barbatanas de carbono, umas GFT assimétricas, estava cheio de pica, sobretudo para fazer uns mergulhos, e por isso não iria desistir... desafiei o Viegas para irmos fazer uns mergulhos mais por fora, talvez déssemos com algumas pedras e a visibilidade melhorasse: fomos até aos 14 metros e nada, nem a visibilidade melhorava grande coisa, nem encontrámos pedras de jeito, então encostámos outra vez, cada um para o seu lado.
Mesmo sem visibilidade, o Chico deu com umas pedras com sargos e lá conseguiu trazer 5 sargos de dose, a comporem o enfião.
Quanto a mim, também vi alguns sargos, dos quais apanhei 3, todos "palmeiros" como os do Viegas, mas sobretudo dei com uma zona com polvos, com os quais me entretive durante o resto das quase 5 horas de pesca e que compuseram o grosso da pescaria.
As barbatanas portaram-se muito bem, tanto nos mergulhos a 14 metros, como a mergulhar baixinho, permitindo-me sobretudo fazer 5 horas de água sem grande cansaço nas pernas, mesmo com falta de treino. Há que continuar a experimentá-las noutro tipo de mergulhos e de caçadas para explorar melhor o seu potencial.
No final o Chico ficou surpreendido com os octópodes, pois ele não viu um único! Não pude deixar de lhe recomendar que mudasse as lentes de contacto...
Abraço e bons mergulhos,
António Mourinha
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