Caçar em Peniche não é claramente a nossa praia, muito menos numa prova embarcada e com muitas milhas de mar para caçar, onde o conhecimento da zona faz claramente a diferença.
Ainda assim, lá nos juntámos em Oeiras às sete da manhã de domingo para nos deslocarmos até Peniche, onde nos aguardava uma prova na zona sul, entre a Consolação e o Porto das Barcas, com água fria e mar rijinho. As 10 triplas inscritas, essas, eram fortes, com diversos internacionais e pessoal “com outra vida para isto” bem distribuído pelas equipes. Havia ainda uma equipa Finlandesa e outra Espanhola que aproveitaram o Masters da véspera e ficaram para mais um dia de competição.
Ainda assim, lá nos juntámos em Oeiras às sete da manhã de domingo para nos deslocarmos até Peniche, onde nos aguardava uma prova na zona sul, entre a Consolação e o Porto das Barcas, com água fria e mar rijinho. As 10 triplas inscritas, essas, eram fortes, com diversos internacionais e pessoal “com outra vida para isto” bem distribuído pelas equipes. Havia ainda uma equipa Finlandesa e outra Espanhola que aproveitaram o Masters da véspera e ficaram para mais um dia de competição.
A prova de triplas tem algumas
particularidades interessantes: cinco horas de prova em que podem estar dois
elementos a caçar com o terceiro a atuar como barqueiro, o que acaba por cortar
muito o ritmo de cada caçador, pois quando parece que vai começar a correr bem
é quando calha a nossa vez de sair da água.
O ponto de encontro inicial da
prova foi por fora das antenas de Pai Mogo, praticamente ao centro da zona de
prova, que teve início às 1020. Tínhamos decidido que iniciávamos a prova com o
Carlos Melo e o Nuno Rosado na água, ficando eu como barqueiro na primeira
hora. Fizeram a primeira caída numa zona um pouco a norte do ponto de encontro,
onde o ano passado cacei com alguns camaradas e vimos algum peixe. A zona não
era com certeza assim tão má, já que houve mais duas embarcações que vieram
colocar outros caçadores ali perto. Certo é que ao fim de uma hora tínhamos
dois bodiões duvidosos e uma advertência da organização relativamente à
distância entre caçadores. Estava na hora de mudar de poiso e a opção seguinte foi
ir bater um local meu conhecido na zona da Consolação. Iniciei a minha
participação à procura de umas lajes conhecidas, que não cheguei a encontrar,
mas a ir batendo várias pedras naquela zona. Ao fim de meia hora já não sabia
que asneiras dizer, já que já tinha rasgado e falhado 3 peixes pontuáveis em
situações que normalmente não aconteceriam. Tinham já passado duas das cinco
horas de prova e a realidade é que tínhamos a caixa vazia, pelo que se começava
a apoderar de nós um ligeiro stress. Já com o Nuno de regresso à água,
decidimos ir-nos deixando descair para sul para as imediações do forte, mas o
cenário estava cada vez mais negro, já que o peixe era minúsculo e a água cada
vez mais tapada e fria.
A pouco mais de hora e meia do
final da prova, decidimos então mudar novamente de zona para uma baía a norte
do Pai Mogo, que ninguém conhecia mas que deu “fezada” a alguém. Lá saíram
finalmente os 3 peixes que viríamos a pontuar, tendo eu apanhado um bodião de
960g e o Carlos um sargo e uma taínha com cerca de 600g cada.
Ou seja, foi uma prova boa para
ganhar experiência, já que somos todos miúdos novos, com água fria (14º),
visibilidades manhosas e pouco peixe, num daqueles dias que nos dizem mas é
para nos dedicarmos à pesca.
É assim a competição de Pesca
Submarina, principalmente para quem tem pouco tempo para dedicar à modalidade e
vai competir para zonas que mal conhece, apenas pelo amor à causa. Um dia corre
bem e até podemos achar que percebemos qualquer coisa da poda, mas na jornada
seguinte lá caímos na nossa realidade de quem vai ao mar 20 ou 30 vezes por
ano.
Rogério Santana
Parabéns aos três porque o importante é participar.
ResponderEliminarAbraço
Participar e acima de tudo aprender e continuar a tentar. Além disso, existe uma clara falta de sangue novo tanto na pesca como na idade. Nós, como resistentes, já sabemos em que condição participamos mas às vezes basta um peixe e é por isso que temos que continuar.
ResponderEliminarabraço
NR
Continuar.....sempre.
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