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domingo, 10 de julho de 2016

XI Encontro de Pesca Submarina do CNOCA - Praia do Burrinho, Sines

Disputou-se no passado Domingo, a XI edição do Encontro de Pesca Submarina do C.N.O.C.A., na variante individual, com entrada à “barbatana” na Praia do Burrinho (Sines).


Trata-se de um encontro de pesca submarina intersócios aberto também a alguns atletas convidados.

O principal neste Troféu é a segurança, o convívio saudável entre os participantes e famílias, mas também passar animados momentos debaixo de água, praticando este magnífico desporto do corpo e do espírito que é a pesca submarina.



Momento de camaradagem entre dois cinquentões da prova, o Carlos Melo e o Paulo Silva (Francês)!

Com toda esta conversa podem os leitores pensar – que grande seca, é só paleio – no entanto desenganem-se os incautos, pois todos os atletas dão o seu máximo para conseguir a melhor classificação.
O regulamento privilegia as espécies piscícolas com maior valor gastronómico, por isso inclui também os chamados “peixes de areia” como o linguado e a solha, e os moluscos cefalópodes polvo, choco e lula. 
Estas espécies de peixes e moluscos, que não fazem habitualmente parte das classes pontuáveis em competição, recebem neste Troféu uma bonificação fixa (à semelhança do que acontece nas provas oficiais para os safios, moreias e peixe-porco), não tendo a pontuação peso de um ponto por grama conforme os outros peixes pontuáveis. 
Mas, em contrapartida, a tainha e a salema não estão incluídas, não sendo por isso espécies pontuáveis.

O encontro propriamente dito teve uma duração de quatro horas, apresentando o mar inicialmente boas condições para a prática da modalidade, com uma visibilidade média próxima dos seis metros.


Contudo, com o decorrer da prova, as condições de mar pioraram ligeiramente, levando a uma diminuição progressiva da visibilidade e a que alguns atletas tivessem algumas dificuldades na saída, com trambolhões incluídos... 


Adicionalmente, o acesso, que na descida já apresentava condições para umas boas escorregadelas na lage lisa, na subida revelava-se ainda mais difícil não fora a ação do Nuno Rosado e do Paulo Vilela, que, com recurso aos cabos das boias, realizaram uma verdadeira operação de resgate. Foram inexcedíveis, utilizando os cabos para facilitar a subida dos atletas, e ajudando-os também no transporte do material e pescado. 


Dentro de água, que se apresentava bastante fria para a época do ano, o pescado não se revelou muito abundante, obrigando os atletas a efetuarem pescas esforçadas, com a necessidade de muita pesquisa pelo peixe, do qual se destacou o bodião como a espécie mais abundante nas pescarias efetuadas.

Após a chegada a terra dos nove atletas participantes, verificava-se que o Carlos Melo e o António Mourinha apresentavam aparentemente as melhores pescas. 


As pesagens foram bastante animadas, tendo sido utilizada para o efeito uma balança digital suportada pela própria placa indicativa da Praia do Burrinho! 


O peixe estava em geral magro, levando a que alguns exemplares, sobretudo de sargos, não pontuassem por poucas gramas, deixando os atletas a protestar...


O Carlos apresentou à pesagem seis exemplares válidos de duas espécies diferentes, sargo e bodião. O António tinha quatro peixes válidos, de três espécies diferentes, bodião, moreia e uma abrótea de grande porte!...


Mas também os atletas João Guerreiro e Hugo da Guia com cinco exemplares válidos cada um apresentavam pescas dignas de registoPerante este cenário ninguém podia, mesmo depois da pesagem, definir com precisão quem venceria!... 


Abaixo do esperado ficaram os atletas, Paulo Silva (Francês), de quem, após o excelente desempenho no nacional, se esperava mais do que apenas os dois peixes capturados, e o Nuno Rosado, que anunciou antes da entrada vontade de integrar o pódio, mas que também apenas pontuou dois peixes.

Mais tarde, já no restaurante, o suspense quanto à classificação final mantinha-se, enquanto se degustava uma bela feijoada de búzios e se contavam as já habituais histórias dos peixes perdidos, que se apresentavam bem, mas ainda assim não se conseguiram apanhar… Fica para a próxima… Também as discussões sobre o método de pontuação a utilizar animaram o almoço, obrigando o juri a ter de tomar decisões quanto à bonificação por espécie dos cefalópodes, decisões que, não obstante, não tiveram qualquer influência na organização da pontuação final.


Após o repasto foram sorteados diversos prémios pelos atletas incluindo diversas t-shirts, bonés da Esclapez Diving, DVDs de pesca submarina, entre outros.


Por fim, no momento mais esperado, o comissário de pesagem, Paulo Silva, anunciou por ordem inversa a seguinte Classificação Final: 

Classificação Final
Nome
Clube
Nº Capturas
Pontuação
António Mourinha
C.N.O.C.A.
4
9680
Carlos Melo
C.N.O.C.A.
6
9470
João Guerreiro
C.N.O.C.A.
5
8640
Hugo da Guia
C.N.O.C.A.
5
7940
Nuno Rosado
C.N.O.C.A.
2
4000
Paulo Silva
C.Vela Lagos
2
3830
Filipe Vieira
C.N.O.C.A.
2
2500
Paulo Vilela
Convidado
0
0
Pedro Paulo
C.N.O.C.A.
0
0
  
O Maior exemplar foi a Abrótea de 1,790 Kg capturada pelo António Mourinha.

Mereceram também uma menção honrosa os atletas Nuno Rosado e Paulo Vilela que asseguraram a todos os participantes uma subida tranquila, na escorregadia laje da arriba, coberta de limo, que leva ao parque de viaturas. Foram por isso brindados pela organização com uma t-shirt cada.

Finalmente foram entregues os troféus aos atletas do pódio, seguindo-se as respetivas fotografias para a história. Parabéns aos vencedores!


Parabéns também à organização, a todos os atletas participantes e aos familiares que os acompanharam, e que assim contribuiram para mais este excelente convívio da Secção de Pesca Submarina do CNOCA.

Um abraço subaquático e bons mergulhos!




2 comentários:

  1. Glória aos atletas do pódio!
    Ao vencedor Mourinha por mais esta demonstração de astúcia e elevada estratégia tanto na escolha do local como na sua rápida leitura do local, ao segundo, Carlos Melo que se não fosse as qualidades do primeiro teria ganho facilmente pela sua elevada prestação física e resiliência num local onde não era fácil caçar com aquelas condições e finalmente ao Guerreiro que esteve igual ao que já habituou a sua equipa.

    Nuno Rosado

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  2. julgo que o primeiro premio seria para o mergulhador que apanhou a abrótea
    um exemplar do buraco e difícil de detetar
    é o que julgo e parabéns ao resto do grupo

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