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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Exemplares interessantes em S. Miguel



Viver numa ilha como esta, podendo ir com alguma frequência ao mar, torna-nos um pouco mais selectivos e leva-nos a procurar variar e encontrar alguns troféus.
Durante este verão, e apesar de o ter tentado, ainda não foi possível encontrar-me com o wahoo ou o grande lírio com que tenho sonhado, mas...
Aliás, até já tive um encontro com um lírio de uns 12 ou 15kg, mas a falta de calma e o erro no julgamento da situação (espécie, tamanho e distância) levou-me a dar um tiro de instinto em vez de um tiro certeiro, pelo que o tiro na bochecha só deu para o sentir a desenrolar todo o fio do carreto em poucos segundos e rasgar-se no final.

Mas é suposto este pequeno artigo falar dos êxitos e não dos fracassos, pelo aqui vos trago umas fotos de uma serra de 2,9kg e de um peixe-cão de 3,6kg. Decidi ainda acrescentar uma foto de uma anchova de 5,5kg apanhada nos mosteiros em julho, porque apesar de um peixe considerávelmente mais simples de apanhar quando se aproxima de terra, é sempre um peixe bonito para compôr o ramalhete.
A serra foi apanhada em setembro, numa tarde de mar chão e visibilidade de uns 30 metros por fora do molhe de Ponta Delgada. Andava um cardume a caçar por volta dos 15 metros e vi-as por duas vezes. À segunda atirei-me a elas numa perseguição, entrando pelo lado do cardume, e quando achei que estava suficientemente perto disparei. Ainda assim, estava mais longe do cardume do que pensava, mas os dois elásticos fizeram um bom trabalho, apesar do tiro ter sido bem para trás do pretendido.

Quanto ao peixe-cão, um peixe bem diferente mas igualmente difícil, costuma andar fundo e apenas tinha apanhado um deste tamanho nas Flores, onde é considerávelmente mais comum e confiante. Apanhei-o ontem numa baixa por fora da ponta da ferraria que vem dos 20 até aos 11 metros. Vi-o por cima da baixa onde me andou a dar baile algum tempo. Quando me consegui aproximar dele o que achei o suficiente, apesar da corrente que se fazia sentir me diminuir considerávelmente as apneias, disparei e vi o meu tiro com a 110 e 2 elásticos de 16 demorar uma eternidade a acertar-lhe e ser insuficiente para o trespassar. Porra! Mais uma vez tinha achado o peixe menor e mais perto do que era a realidade. Sabendo que se encontrava ferido, fui preparando melhor as apneias e fui bater os buracos na parede próxima onde era bem possível que ele se tivesse escondido. Ao fim do terceiro mergulho, lá estava ele escondido bem no fundo de uma fenda a 15,5m e de onde não seria fácil tirá-lo. Preparei nova apneia, agora com a arma só com um elástico na mínima força, e fui direito a ele dando-lhe um tiro mortal. A partir daí, foram necessários mais quatro mergulhos para o retirar de lá, mas acreditem que senti o esforço recompensado quando o trouxe para cima.



Abraço e boas caçadas,

Rogério Santana

1 comentário:

  1. Boas!

    3 belos peixes/exemplares. De todos só apanhei alguns peixes cão, rasguei algumas anchovas e vi um serra.

    Tenho mesmo de ir às Ilhas!

    Cumprimentos e boas pescas.


    Guia

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