Encontrando-me de férias de "sequeiro" em Évora com a criançada, ao fim de alguns dias já começava a sofrer com a falta de possibilidades de mergulhar, sobretudo quando o windguru indicava que excelentes condições se avizinhavam para toda a costa oeste, e ainda mais quando todo o pessoal da faina me dizia que já estavam a planear irem para o mar... Assim comecei a matutar um plano para deixar os miúdos entregues aos avós e tios, e assim poder dar um salto de fugida a Sines, bem pela fresca.
As coisas lá se conseguiram arranjar e no dia planeado levantei-me pelas 5 da manhã para após duas horas de viagem chegar à Praia Norte em Sines, deparando-me com um cenário espetacular: a praia deserta, iluminada pelos primeiros raios do Sol nascente e o mar estanhado, apenas com uma pequena ondulação de cerca de um metro.
Já com "água na boca", eis que quando já me preparava para equipar verifico que a água com espuma para vestir o fato tinha ficado em casa e aquele fato era impossível de vestir sem espuma! Mas já estava alí e não iria desistir com esta contrariedade, assim fui dormir uma soneca no carro para a entrada do Intermarché, que só abria às 09:00, fui o primeiro cliente do dia comprando ansiosamente uma garrafa de água e uma embalagem de gel de banho.
Assim, já com as coisas remediadas, ainda que com duas horas de atraso, pelas 09:30 estava a entrar na água.
Um rascasso jurássico e um pequeno enxaréu, com a horta em fundo.
O peixe na borda não era muito, assim fui procurar umas baixas mais por fora onde o cenário era bem diferente: cardumes de pequenos sargos e de judias rodeavam-me imediatamente assim que chegava ao fundo, numa profusão de vida marinha. Aí, ao agachon, para além de outros avistamentos, capturei um robalo, uma dourada e um pequeno enxaréu, este apenas pela raridade aqui no continente e para não me chamarem mentiroso...
Noutra zona mais propícia a pescar ao buraco, dei com um bom safio, dois rascassos, um deles muito grande, e ainda uma santola das velhas, a avaliar pela quantidade de cracas que lhe decoravam a carapaça. Apesar das excelentes condições e de haver algum peixe, avizinhava-se a hora do regresso que não podia ser adiada, e assim, após cerca de duas horas e meia de pesca e de ter "matado o vício" saí a correr rumo a Évora.
De tal forma que as fotografias acabaram por ser tiradas já aí, junto à horta, pelo que não deixam de ser umas fotografias de pesca submarina algo diferentes, com o que se poderão chamar de "peixinhos da horta"...
De tal forma que as fotografias acabaram por ser tiradas já aí, junto à horta, pelo que não deixam de ser umas fotografias de pesca submarina algo diferentes, com o que se poderão chamar de "peixinhos da horta"...
Com votos de excelentes mergulhos,
António Mourinha
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