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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

"Vai entrar água limpa, quente – vai estar bom para os troféus"



Assim dizia o Mourinha para nos engatar para uma faina logo no dia seguinte a um sudoeste. Apesar de habituado ao otimismo do Mourinha, achei melhor do que irmos até à Costa Vicentina de carro e como íamos sair do Alfeite seria também para mim uma oportunidade de ver as margens do Tejo e da costa até às Bicas do lado de cá, alinhei de imediato. Às 8 em ponto encontrámo-nos no CNOCA com o Rogério Santana e notava-se pelo arsenal de arbaletes que a expectativa era grande. Rumámos para Sul debaixo de chuva e fomos batendo as capelinhas mas o mar mostrava pancada e muitas das marcas de sargos e douradas estavam afinal areadas. Eu aproveitei para garantir o petisco e, numa zona perto da superfície, sem cerimónias escolhia os maiores mexilhões antes de visitarmos um spot meu conhecido. Entretanto aí chegados, na ausência de porcos decentes, eu e o Santana atirámo-nos a uns leitõezinhos. O peixe era pequeno, a água suja e com força mas lá se apanharam também uns sargos e um polvo. Entretanto arrancámos para umas baixas corvineiras e aterrámos certeiros no quintal do Mourinha e enquanto eu e o Santana gastávamos o tempo, o dono da horta sacava uma boa abrótea, uma saima e um belo robalo, este apanhado num derradeiro mergulho mesmo debaixo do nariz do Santana.




Finalmente ao constatar que mais uma marca estava inacessível, regressámos ao porto com o corpo maçado e mais um dia entre amigos para recordar.

Com um abraço subaquático,


Nuno Rosado

1 comentário:

  1. Foi de facto uma faina difícil... Mas temos de voltar ao sítio das navalheiras, acho que vale a pena!

    Abraço e até à próxima saída

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