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terça-feira, 20 de abril de 2010

Um belo dia de Abril



Manhã de sábado dia 16 de Abril de 2010, cerca das 0830, cheguei à marina de Ponta Delgada onde está o Açores, o meu companheiro de caçadas desde meados do ano passado.
Tinha combinado sair com o meu amigo Carlos Pacheco e aproveitar uma manhã que prometia pelo menos boas condições, que peixe logo se vê. Como o Luís Barroso estava indisponível nesse dia, decidimos convidar o Ricardo Lima, um caçador pouco frequente mas igualmente aficionado que já tinha saído conosco uma vez. O mar estava chão e os poucos nós de vento (10 nós de N) mal mexiam a superfície. Após carregar o barco e preparar tudo para sair, continuávamos à espera do Ricardo e o Carlos decidiu ligar-lhe para saber como era; afinal que não podia vir porque estava entupido e tal… ok, só faz falta quem cá está.
Afastámo-nos cerca de sete milhas para Leste, com a intenção de ir espreitar a baixa do ouro, um calhau enorme que sobe até aos 3 m da superfície vindo dos 20 metros a uns 500m de terra; ao chegar, fundeio e apercebo-me que está um bocado de corrente, para além da água estar mais suja do que é normal por estes lados. Atiro-me à água, ainda a 15º, o que não augura grandes feitos por aqui. A corrente é aceitável, mas obriga a preparar as apneias a dar à barbatana e, apesar de abaixo dos 4m a visibilidade aumentar consideravelmente, à superfície não se vê nada, pelo que não é nada fácil mergulhar 2 vezes no mesmo local. Ainda vi uma anchovita aproximar-se mas nem deu qualquer hipótese.
Decidimos ir bater mais uns sítios conhecidos… afinal a vantagem de caçar a partir de embarcação. Um buraco que por vezes mete uns xaréus vazio, um lugar que já tínhamos combinado explorar que era só areia, já era quase uma hora e a caixa estava vazia. Decidimos então fundear por fora do pópulo, onde costumam andar os porcos e às vezes aparecem uns lirotes, mais que não seja para repor o stock dos melhores filetes dos açores. Entramos na água, o fundo está cheio de sargo e veja. Começo por falhar um tiro impossível a uma bela garoupa que me deu uma abébia (ao menos nem a feri). Afasto-me mais para fora e dou comigo no meio do cardume dos peixe-porco; ok pelo menos já não vou para casa com o enfião vazio. Começo a fazer umas esperas a meia água e começam a entrar uns lírios todos do mesmo calibre, dos quais vou tentando seleccionar uns maiorzitos, escolho também uns porcos dos grandes para os filetes e quando dou por mim são três e meia. Hora de regressar a terra que a fome já vai apertando.
Moral da história; uma manhã bem passada, um belo petisco e mais um belo treino de apneia que as águas vão começando a aquecer e um dia destes posso encontrar por aí uns dos maiorzitos.
Abraço e boas caçadas.
Rogério Santana

2 comentários:

  1. Boa pesca Rogério!
    À uns dias já apanhei um peixe-porco, por isso qualquer dia começam também a aparecer cá desses. Dos grandes é que não aparecem...
    Mas quando aí te for visitar é que vamos tirar a barriga de misérias!

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  2. Pois pelos vistos até já apareceram por aí. Foi mas foi só para quem os soube procurar. LOL.

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