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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Pesca de Inverno no Centro vs Robalo


Depois de várias semanas sem se poder pensar em molhar o fato na costa Oeste, surgiram na semana passada previsões favoráveis para ir ao Mar. Multiplicaram-se os telefonemas e lá se combinou uma saída entre 4 sócios do CNOCA para a zona de Peniche.
Assim, no sábado passado, e após alguns contratempos, lá entramos na água por volta das 1100. Cerca de 4 horas depois os resultados não foram muito animadores contudo, coube-me a mim a felicidade de capturar este belo robalo (um outro mais pequeno, um polvo e ainda algum marisco).



A todos os que não tive ainda a oportunidade de desejar/retribuir, umas boas festas e votos de um 2015 nunca pior.
Hugo da Guia

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Pesca de Inverno no Algarve


Numa breve passagem por Portimão houve oportunidade para uma saídinha de pesca submarina na qual a visita a umas pedras conhecidas deu as capturas que aqui vêem.


Como curiosidade posso adiantar que ambas as saimas foram capturadas em coulée e que em nenhuma delas o arpão as atravessou, mas em contrapartida ficaram automaticamente imobilizadas, ou como diria o meu amigo Francis Zino, da Madeira, "nem disseram nada..."

Com votos de um Bom Natal e de um 2015 repleto de excelentes pescarias,

António Mourinha

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Campeonato Nacional de Pesca-submarina 2014 - por João Guerreiro

Durante o ano 2014 o mar vinha dando tréguas durante a semana e pontualmente ao fim de semana, tréguas essas que não permitiram realizar as duas primeiras jornadas na data inicialmente prevista e que também não me permitiam “molhar o fato” nos tempos livres. Como caçar durante a semana é algo muito difícil, aliado ao estado do mar também resolvi dedicar-me às bricolages pendentes e aos livros que novamente apareceram na linha da frente, gastando deste modo o tempo precioso para pescar e treinar.

Assim, entre pseudo-preparativos e invenções, lá “suguei” a disponibilidade do Jorge Luz para ser meu barqueiro nas duas primeiras jornadas de Sagres e seguimos para Sul na Sexta-feira ao final do dia. Uma passagem por Sines, onde sou sempre bem recebido, e pelas 22h estávamos em Sagres. Guardamos o barco, colocamos as trouxas no alojamento e fomos ver o que se passava nos bares da vila com o compromisso de vir cedo. Cumprimos o combinado mas apeteceu-nos ter lá ficado para um mojito, sim porque de certa forma até fomos convidados, bem arrependido fiquei nos dois dias seguintes…

No dia seguinte, 12 de Abril, lá se encontrou a rapaziada pelo porto de Sagres e seguimos prova fora. Antes da prova ainda tive de auxiliar o Nuno Jerónimo, pois o seu barqueiro, o Zé Tó, decidiu aplicar um golpe de Muay Thai na chave do barco, valeu a disponibilidade do Rui Macatrão que desenrascou o assunto.

A 1ª jornada decorreu a Norte, entre a Ponta da Grota e o Cabo S. Vicente, neste dia lá fui “aos papéis” para dentro de água e assim me mantive durante os dois dias em Sagres. Apanhei quatro peixes, o que para esta zona é francamente pouco, para além de ter enrolado um cabo solteiro no hélice do motor e como consequência ficar com o cabo do transdutor partido. Resultado final - 1ª grade! Neste dia como era de esperar ,o Jody esmagou e apareceram umas pescas bonitas e variadas (quem sabe, sabe!). À noite realizou-se um jantar de convívio num restaurante local onde toda a malta confraternizou um pouco.

A 2ª jornada decorreu, entre o Cabo S. Vicente e a ponta da Baleeira, mais uma vez brilhei, 1 peixe... Uma tainha com 2,5 Kg que ainda hoje não cala o Nuno Jerónimo, sempre a chamar-me o “Rei da Fataça” ou “Fataça men”. Após a 2ª grade rumámos para Norte, onde neste dia o carro cedeu já a chegar a casa. Ainda pensei que devia ter ficado em casa neste fim-de-semana mas a pesca submarina é sempre mais forte que eu, mesmo que não apanhe nada! Coitado do Jorge que me foi aturar, mas como é bom moço ainda me aturou passado uns tempos numa outra prova em Peniche (ele vai para o céu certamente).

A 3ª e 4ª jornada decorreram na Póvoa de Varzim dias 21 e 22 de Junho, nesta altura já tinha menos desculpas para a falta de jeito, pois já tinha ido mais vezes ao mar. Desta vez para não continuar a “bater no ceguinho” e não “roubar” outro fim-de-semana ao Jorge, solicitei ao meu amigo Fernando Pinto uma ajuda. A verdade é que para se fazer uma prova, entre várias condições é preciso ter um barqueiro que se disponibilize umas boas horas para nos ajudar, perder um fim-de-semana fora de casa, apanhar mar menos apelativo, aturar-me, entre outras coisas e por isso deixo aqui um obrigado especial pela disponibilidade e amizade do Jorge e do Fernando, sem eles não tinha ido.

Mais uma vez e sem oportunidade para reconhecimentos lá fomos para Norte sexta-feira ao final do dia para ir fazer mais uma prova “aos papéis”. Depois de colocado o barco na marina lá tentámos ir jantar a algum lado mas já era quase meia-noite e estava difícil. O João Peixeiro ainda nos indicou uma casa de francesinhas mas não quiseram atender a nossa fome. Resultado, no MC Donald’s saciámos a fome e de seguida fomos descansar. Ficámos numa casa previamente alugada pelo João Peixeiro, em conjunto com o Pedro Domingues e o Jody, que já dormia com um gorro na cabeça e sem sinais de vida. Um obrigado ao João Peixeiro por se ter lembrado de mim e do Fernando, e alugar a casa a contar connosco, o que não só permitiu mais um pouco de convívio com 3 máquinas da pesca submarina Nacional e Mundial mas acima de tudo, demonstrou ser mais um amigo Alentejano!
No outro dia de manhã, soprava um vento de sul e o mar tinha um pouco de mareta, ficando decidido fazer a prova na zona Norte, a sul da Póvoa e a norte dos Bezerros. Onde cair? Era a minha questão, não fazia ideia. A prova começou e fui para fora como a maioria, pescando numa baixa onde se fazia sentir uma corrente chata e onde o fundo era composto por pedras altas com laminária. Demorei muito tempo a perceber o movimento do peixe e a perceber o local. Ao fim de uma hora só tinha dois peixes e as coisas corriam mal, pois sabia que o pessoal naquela zona já tinha algum avanço. O MC Donald’s do dia anterior começava a criar problemas e encostei a terra sem sucesso. Recuperei fisicamente e voltei para a parte de fora da baixa. Era aqui onde todos estavam ao inicio e eu insisti posteriormente do lado mais de terra, erro grave! Na última hora capturei 5 peixes, fazendo no total 5 taínhas e 2 bodiões, manifestamente pouco para a zona de prova. 3ª grade! Saíram bonitas pescas neste dia e mais uma vez fomos para um jantar convívio com a rapaziada que participou no campeonato.

A 4ª jornada, realizou-se entre os bezerros e a grifa do sul, num dia sem vento e de mar chão. Não tinha grandes expectativas e decidi começar a prova na zona sul. Este dia foi atípico, correu bem, dei com o peixe e capturei 19 no total, 12 taínhas, 6 bodiões e 1 robalo.
Mesmo assim fica sempre a ideia de que poderia fazer qualquer coisa melhor contudo, para o que sei fazer, foi bom! No final acabei em 14º. Neste dia o Jody fez das suas e levou à pesagem 30 peixes, dos quais 3 robalos grandes e sagrou-se campeão Nacional.
O Podium foi composto pelo Jody, seguido pelo André Domingues e pelo Pedro Domingues. Parabéns a todos os que participaram, aos que organizaram e aos que nos ajudaram.

Parabéns em especial ao Jody pelo título e que até à data era “o melhor pescador submarino do Mundo e talvez fosse o de Portugal” XD. Fora de brincadeiras, este facto demonstra em parte o nível competitivo do top 6 do campeonato português.


João Guerreiro - CNOCA by EPSEALON

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Pesca Submarina nas Flores





A ilha das Flores, principal ilha do grupo ocidental do Arquipélago dos Acores, desperta o imaginário de qualquer pescador submarino, que sonha encontrar nas suas águas límpidas um paraíso subaquático com muitos e grandes peixes. De facto a transparência das águas das Flores é normalmente das melhores dentro as ilhas açorianas, contudo a quantidade e a qualidade dos peixes que as habitam varia bastante com a altura do ano e com as condições meteo-oceanográficas vigentes, sobretudo se considerarmos que as principais espécies de interesse são espécies pelágicas de aparição sazonal. Por outro lado também já aqui se nota uma rarefação na quantidade do pescado existente, fruto eventualmente das atividades de pesca ou mesmo das alterações climatéricas. Um peixe demersal, e portanto menos sujeito às questões da sazonalidade e das correntes marítimas, e que ainda vai aparecendo com alguma abundância é o Mero, mas esse não se pode pescar... Assim, se não se tiver sorte com os aspetos que atrás mencionei, para se capturarem uns peixes bonitos tem que se "pedalar" um pouquinho...

Este ano, nos poucos dias em que pude pescar nas Flores, as condições climatéricas não estavam das mais animadoras e o peixe mostrou-se pouco abundante. No primeiro dia de pesca fui com o David de Carvalho para os baixos de Ponta Delgada, com entrada à barbatana no porto de pesca desta povoação Florentina. O mar estava puxado a vento de Oeste e havia uma corrente considerável. Pensei que na espuma pudesse ter sorte com alguma anchova de bom calibre, peixe que ainda nunca capturei apesar das múltiplas experiências falhadas de captura, mas não havia peixe que valesse a pena... Apenas vi 3 meros que estimei terem entre os 10 e os 20 kg, alguns sargos grandes (mas não estava ali para apanhar sargos) e também algumas vejas de bom calibre. Acabei por capturar apenas uma veja para cozinhar ao sal. O David não teve melhor sorte, tendo-se dedicado a capturar alguns salmonetes para o petisco.

No dia seguinte fomos entrar para sul das Lajes das Flores, aqui com melhores resultados: os enxaréus apareceram e entre as técnicas do agachon e da caça ao buraco, lá conseguimos fisgar uns quatro.

Também se capturaram alguns pequenos lírios, duas grandes taínhas e um bonito sargo.


Mas o melhor estava guardado para o último dia, já sem o David que já ía a caminho de França. Consegui encontrar umas baixas que ele me indicou a uma profundidade entre os 15 e os 22 metros onde logrei capturar o lírio e o enxaréu das fotos abaixo. O primeiro capturei-o ao agachon, tendo o peixe feito uma entrada junto ao fundo, a contornar o relevo, o que me dificultou um pouco o tiro, sobretudo porque o peixe se expôs já muito próximo e com uma grande variação azimutal. O segundo, por sua vez, foi capturado num buraco cheio de enxaréus, onde os via orbitar à volta do buraco, enquanto escolhia um dos maiores, o qual acabei por capturar. 

O tiro não foi dos melhores, não apaguei logo o peixe, pelo que este, na luta, fazendo alavanca numa pedra, me conseguiu entortar o arpão de 7 mm ao mesmo tempo que espantava todos os outros...


No final destes 3 dias em que pesquei nas Flores posso dizer que a experiência de mergulhar nestas águas, mesmo com pouco peixe, vale sempre a pena, bem como a visão magnífica de um buraco cheio de enxaréus, como já não se usa. Por outro lado as capturas que ainda consegui concretizar também valeram bem a pena! Em suma fazer pesca submarina ou apenas mergulhar nas Flores continuam a ser experiências que enchem as medidas a qualquer amante do mar, seja mergulhador ou pescador submarino, portanto se, para esse efeito, puderem visitar esta ilha, o ponto mais ocidental de Portugal e da Europa, não deixem de o fazer.



Com um abraço subaquático,

António Mourinha

terça-feira, 2 de setembro de 2014

O troféu mais desejado: a corvina


Na época das corvinas tenho sempre dificuldades em efetuar pescarias interessantes, pois a minha imaginação foge invariavelmente para a captura desses peixes, sempre e sobretudo quando as condições meteorológicas e oceanográficas apontam para essa possibilidade. Assim muitas vezes regresso a casa simplesmente com um par de sargos apanhados à última da hora para o almoço da família, ou então de mãos a abanar, apenas munido de histórias de peixes perdidos...

Mas às vezes vale a pena a insistência e a sorte brinda-nos com um desses peixes maravilhosos...
Vou pois contar-vos uma pequena história de um desses dias!


Nas vésperas, após confirmar as previsões meteorológicas, a maré, etc., contactei os parceiros do costume para os desencaminhar para a faina: Santana, Guia, Rosado, e acho que também o Eurico, foram todos convocados. Que estavam reunidas as condições para as bichas aparecerem, que as probabilidades eram boas, etc., etc., etc. pregava-lhes eu, mas tal como Santo António quando pregava aos peixes também não obtive qualquer resposta positiva: uns que não podiam porque tinham compromissos, outros que sim, mas que não acreditavam no meu otimismo, já proverbial...
Assim no dia D lá me fiz ao mar sozinho, procurando o peixe "Real" (Argyrosomus regius é o seu nome científico, sendo que regius é real em latim) nos spots conhecidos onde sei que podem aparecer. O mar estava bom, mas com alguma força de fundo e a água no fundo apresentava sedimentos em suspensão, que diminuíam a visibilidade a maior profundidade. Num desses spots conhecidos, num fundo algo superior a 10 metros, detetei que havia movimento de peixe e optei por insistir nesse local. Após algumas horas de insistência quase insana, acabei por ser recompensado pelo peixe que vêm nas fotos, capturado numa técnica meio à espera, meio em coulé!...
Foi o único peixe do dia, mas valeu bem a pena!



Com votos de bons mergulhos,


António Mourinha

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Troféu de Pesca Submarina "Almirante Andrade e Silva"

 

Peniche, 01 de Junho de 2014 – Troféu de Pesca Submarina "Almirante Andrade e Silva", Duplas á barbatana
Organização: CNOCA e Clube Naval de Peniche

No dia 01 de Junho, pelas 0800 encontravam-se os atletas na Papoa para briefing para o encontro, contudo e tal como se suspeitava, o mar apresentava condições pouco favoráveis para a prática de caça submarina, o vento estava forte, a ondulação era considerável e a água estava tapada na zona. Verificadas estas condições a organização do evento teve a necessidade de alterar a zona de prova para a zona a sul de Peniche com local de encontro e entrada na água no Portinho da Areia. A zona de reserva apresentava condições excelentes para a prática desta modalidade contudo não era o melhor local no que se refere á possibilidade de haver capturas em grande quantidade. Antes de entrarmos na água já tínhamos consciência de que só como muita insistência iriamos capturar alguns peixes pontuáveis.
 
Pelas 09:15 deu-se inicio á prova. A minha dupla já tinha traçado um plano para a prova, assim nadamos o mais rápido possível cerca de 1700 metros até atingirmos o extremo norte da área de reserva, zona esta onde esperávamos encontrar mais vida, de seguida caçaríamos ai e depois afastávamo-nos de terra caçando mais fundo em direcção a sul, aproveitando a ondulação e o vento a nosso favor no trajecto de volta. O trânsito para norte foi duro, contra a corrente e pelo caminho não tínhamos visto nenhum peixe digno de registo, com excepção de alguns peixes porco que encontrámos e que aproveitámos para capturar os dois maiores exemplares do cardume, completando assim a cota desta espécie, portanto já não íamos a zero e com a escassez desta zona todo o peixe era bom…

Na área em frente á ponta das gaivotas encontrámos excelentes buracos e fendas mas estavam todas vazias, nem pequenos peixes vimos por lá, pelas 11:00 decidimos começar a caçar mais fundo e assim que nos afastámos para águas mais fundas encontrámos um zona quente onde capturámos um salmonete que não pontuou por 15 gramas e uma abrótea com 1,7Kg que viria a ser o maior exemplar da prova.

Por fora andámos a caçar até á profundidade máxima de 18 metros onde vimos bastantes salmonetes grandes, mas o azar também foi connosco e acabámos por rasgar cinco salmonetes e dois sargos, havia bodiões mas todos eles sem peso mínimo para a pesagem por isso nem arriscamos em capturá-los, em todos os mergulhos apenas capturámos um bodião digno de levar á pesagem. A caça mais funda apesar de não ter proporcionado mais capturas revelou-se interessante pois vimos várias bicas, choupas, alguns pargos, douradas e robalotes, mas este peixe além de pouco e pequeno nunca entrou numa espera.

Como estávamos bastante longe da linha de costa ainda fomos surpreendidos pelos veleiros que estavam a participar numa regata que alguns passaram mesmo por cima de nós em alguns mergulhos, por isso e por estarmos já bastante cansados começamos a nadar para o ponto de saída de maneira a cumprirmos com o horário limite que era 13:15.



Concluindo, pesámos cinco peixes, quatro deles pontuaram com uma boa margem, o que garantiu o terceiro lugar e o prémio de maior exemplar.
 
A zona de reserva, mesmo com o mar calmo, revelou-se bastante dura porque obrigou a uma dedicação e esforço máximo por parte de todos os atletas, pois o peixe era muito pouco e tímido, todas as técnicas aprendidas pareciam poucas…

No final, e mesmo com pouco peixe, fazemos um balanço bastante positivo deste Troféu, porque, além de homenagear um grande homem, o Almirante Andrade e Silva, este representou uma reunião de vários amigos que partilham a mesma paixão por este apaixonante desporto, a Pesca Submarina!

Jorge Luz / João Guerreiro


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Berlenga, Provas de natação com barbatanas e de Pesca Submarina Fotográfica

Foto 2º lugar da prova de Pesca Submarina Fotográfica.

Homenagem ao Almirante Andrade e Silva e Inauguração da Sede do CNP
Berlenga, 31 de Maio de 2014 – Provas de natação com barbatanas e de Pesca Submarina Fotográfica

Breve texto sobre como foi o nosso dia passado na Berlenga Grande:

Apenas uma vez havia tido o privilégio de passar um dia nesta ilha ao largo de Peniche, um dia simples de sol e praia acompanhados por uma breve caminhada. Quanto à minha esposa, nunca antes visitou tal deslumbre de ilha.
Mas aqui estivemos nós, e em tudo graças ao CNOCA e ao Clube Naval de Peniche, que nesta iniciativa em “Homenagem ao Almirante Andrade e Silva” e “Inauguração da Sede do CNP”, conseguiram reunir uma quantidade imensa de pessoas que partilham o mesmo gosto pelo imenso mar e pelas singulares atividades que nele são praticadas.
Fomos assim brindados por um fim-de-semana magnífico, que começou bem cedo no sábado, 31 de maio, com a viagem desde a Marina de Peniche até ás Berlengas. A viagem não foi fácil, a ondulação provocada pelo fresco vento que se fazia sentir tornou-a longa e desconfortável, cheia de indisposições e um permanente desejo de chegada. Mas por fim… chegámos! E com este momento todas as mágoas foram esquecidas, ao pisar um rochedo gigante, com suas elevadas paredes e orifícios, que repousava calmo sobre água lusa e cristalina, sob dezenas de aves que o observavam, ou ao seu largo mergulhavam. Tudo nesta visão nos prendia, e cada mirada nos enchia de mais curiosidade para explorar.
Havia começado a odisseia, e com ela os sorrisos de deslumbre, e a ânsia de saltar para a água para não perder o ínfimo detalhe que aquela ilha nos queria mostrar. Mas esperámos, a natação com barbatanas começaria em poucos minutos, aguardávamos a chegada de todos os dez participantes.

Hugo da Guia antes da prova.

Finalmente estávamos todos prontos, o percurso havia sido esclarecido, as embarcações de apoio distribuídas, e os “atletas” posicionados de mãos dadas e mente pronta para as centenas de metros que os esperavam. 

António Bessone, com a sua boa disposição, pronto para iniciar a prova.

Era a hora do apito, nadámos e nadámos, alguns com a vontade de ganhar a prova, outros aproveitando para encher a memória de paisagens e vistas inesquecíveis. Aqui estávamos nós ao largo da ilha, passando o Forte até que entrámos numa língua de água que a irrompia, as ondas deixaram de existir, predominando águas calmas, que se tornavam cada vez mais escuras até que por fim nos restava apenas duas luzes, fortes e encandeantes em cada uma das extremidades deste túnel. A esta língua chamavam de Furado Grande, que nos guiou até à Cova do Sono, uma baía abrigada e cheia de vida marinha, onde viríamos mais tarde fazer a prova de “Caça Fotográfica”. Chegando à baía voltámos a atravessar o furado e dirigimo-nos para o Forte, onde a meta nos esperava.

Foto 3º lugar da prova de Pesca Submarina Fotográfica.

Foi uma excelente prova, divertida e agradável, mas não houve grandes oportunidades para relaxar, a Cova do Sono esperava a nossa segunda visita. Assim sem grandes demoras, subimos à semirrígida e seguimos para a zona de prova. Ali chegados, colocámos algumas boias de sinalização, ligámos as máquinas fotográficas e começámos a enchê-las de memórias. 

Foto 1º lugar da prova de Pesca Submarina Fotográfica.

A visibilidade estava excelente, a água calma que nem piscina, e a fauna saltava-nos para a frente, eram vários os cardumes de sargos e salemas, alguns polvos saíam para nadar e alguns pássaros mergulhões acompanhavam-nos em cada mergulho. Dizem que a prova teve a duração de uma hora, sem acreditar teimo que só la havia estado quinze minutos… Incrível a noção temporal, quando estamos no meio de tal espetáculo!

Almoço dos participantes entre as vetustas paredes do Forte de S. João Baptista, na companhia da família do Almirante Andrade e Silva.

Organização, participantes e a família do Almirante Andrade e Silva, após a entrega dos prémios.


Foi um dia a relembrar, e mais que isso… a repetir!

Obrigado CNOCA, CNP e todos os participantes, estamos todos de Parabéns!


António e Carla Tavares

quarta-feira, 9 de julho de 2014

X Encontro de Pesca-submarina do CNOCA - Sines 2014

          Realizou-se ontem, dia 6 de julho de 2014, o X Encontro de Pesca-submarina do CNOCA no formato individual à barbatana. Este evento, que se destina aos sócios do CNOCA e seus convidados, contou com 11 inscritos e encontrava-se planeado para a zona do Cabo de Sines e da Praia do Norte (Canto Mosqueiro).

          Bem cedo começaram os preparativos e se iniciou a viagem até à zona de prova. Nos primeiros contactos do dia ouve quem referisse que o Mar estava “estanhado”. In loco verificoou-se que não era bem assim, tendo a organização acabado por alterar a zona de pesca mais para Sul, mais concretamente para a Praia da Vieirinha. Esta decisão, embora não consensual, foi a que permitiu à organização garantir uma jornada de pesca-submarina mais segura para todos os participantes, que no dia apareceram apenas 8. Devido a problemas de última hora houve 3 atletas que viriam juntos de Peniche que não puderam comparecer.



          Assim, após um pequeno briefing acerca do regulamento próprio e da antevisão de pouco peixe do consócio local, o Jorge Luz, o pessoal começou a equipar-se. Neste período que antecedeu a entrada na água a boa disposição era muita, principalmente pela iniciativa do João Guerreiro.

          Por volta das 10 horas tirou-se a fotografia de grupo e iniciou-se a jornada de pesca-submarina. Nas quatro horas e meia de prova houve um pouco de tudo menos de peixe. Se o Sol chegou a espreitar, a chuva foi muita, se no início o mar foi piorando devido ao vento de SW, na parte final e apesar da baixa-mar o mar apresentou-se calmo, apenas a corrente de Sul foi permanente e forte, tal como a escassez de peixe. Mesmo assim todos insistiram no sentido de lograr algumas capturas e não “ZERAREM”…. tal não foi possível a todos.
                Após a saída da água e trocadas as primeiras impressões, foram levadas acabo as pesagens de uma forma expedita.

          Os exemplares pontuáveis eram poucos e adivinhou-se desde logo como ficaria definido o pódio.
1º Pescador: Jorge Luz / 100% / 2.250 pontos;

2º Pescador: Hugo da Guia / 58,67% / 1.320 pontos;

3º Pescador: Rogério Santana / 17,78% / 400 pontos.

4º Pescador: Filipe Vieira, Sandro Lemos, João Guerreiro, Vasco Palhinha e António Tavares / 000% / 0.000 pontos.

          Após as pesagens e arrumada a “tralha” rumamos ao Restaurante para o aguardado almoço. Aqui as coisas correram bem melhor, com a barriga reconfortada e os copos semi cheios, os peixes eram muitos e grandes, e o marisco então, era de lagostas para cima! Na sequência do almoço e já com a presença do Capitão do Porto de Sines, o Comandante Velho Gouveia, leu-se a classificação final e efetuou-se o sorteio de material tendo uma vez mais o Sandro Lemos sido o atleta mais sortudo.

                
           Houve ainda tempo para o balanço do evento e para acertar agulhas para as próximas iniciativas.

          
          OBRIGADO a todos pela vossa presença e aos patrocinadores, obrigado ao Jorge Luz pelo apoio e a todos os que gostariam de estar presentes.



          Este evento teve o patrocínio das seguintes marcas:

A organização,
A Secção de Pesca-submarina e Apneia (por Hugo da Guia).

quinta-feira, 3 de julho de 2014

VI Troféu de Pescasubmarina do Dia da Marinha / Campeonato Nacional de Duplas / Troféu Herculano Trovão


Realizou-se no passado dia 3 de maio, na Praia das Bicas no Meco, o VI Troféu de Pesca-submarina do Dia da Marinha no formato de duplas à barbatana. A prova foi organizada pelo Clube Náutico dos Oficiais e Cadetes da Armada (CNOCA) e contou com os precisos apoios da Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, da Revista Apneia Portugal e da Marinha, e com os patrocínios da JB Esclapez, da Beuchat, da SparusSub e da FCM Soluções de Publicidade Lda.
                Paralelamente a este troféu decorreu o Campeonato Nacional de Duplas da modalidade bem como o Troféu Herculano Trovão. Assim, as duplas inscritas que possuíam a filiação válida, o curso de apneia nível 1 (P1) e o atestado médico em dia, entraram nas 3 classificações/provas do dia. Os restantes inscritos tiveram lugar atribuído no Troféu do Dia da Marinha e no Troféu Herculano Trovão. A organização contabilizou no total 38 atletas (19 duplas), sendo este um número significativo de atletas numa só prova. Estas provas ficaram marcadas pela diversidade dos participantes no que concerne às idades, experiências, títulos conquistados, perspetivas da modalidade e competição, entre outros, factos estes que lhes conferiram um caracter singular e pouco habitual, demonstrando que de alguma forma inúmeros atletas quiseram estar presentes.
                Os momentos que antecederam o briefing da prova foram bem animados, já que contaram com a presença de António Bessone, o Toni para alguns, que chegou bem antes da hora definida.
Depois do briefing estar concluído, das comunicações com as entidades envolvidas na segurança da prova estarem efetuadas e de alguns contratempos, tais como, a confusão com o “fuso horário” e uma dupla em particular com um atleta proveniente de França não ter o equipamento completo, houve ainda tempo para a fotografia da “praxe” e para o “apito inicial” ligeiramente atrasado.


Dentro de água as duplas foram-se dividindo, havendo uma maior incidência de atletas na zona a Sul da Praia, principalmente devido ao facto de a água nesta zona estar mais limpa. Após as quase 5 horas de prova, e já por volta das 14 horas, as duplas foram saindo e apresentavam quase todas vários exemplares, principalmente sargos, sendo de destacar um belo robalo logo à cabeça da dupla Nuno Rosado/Carlos Melo. As duplas mais “antigas”, tinham ótimos enfiões, contudo mais tarde o facto de alguns exemplares não terem o peso mínimo ou estarem até abaixo do peso definido para as penalizações não permitiram, na maior parte das situações, que as boas pescarias se traduzissem em boas classificações.

Após os primeiros relatos contados ainda no areal da praia das Bicas, surgiu uma verdade muito insólita, a viatura do Vítor Chaves de Almeida tinha desaparecido e não era brincadeira. Tinha sido roubada. Este facto tardou ligeiramente a saída para as pesagens e consequente o almoço mas o dia e a vida tinham de continuar (a viatura apareceu dias depois).
Já na Sede do CNOCA, enquanto os atletas e convidados iam degustando a sopa e uns salgados, as pesagens foram decorrendo. No final destas e após a doação de grande parte das capturas à Paróquia da Sagrada Família do Miratejo, o almoço foi servido e tendo como pano de fundo num dia solarengo a Base Naval de Lisboa, com parte dos navios da Marinha Portuguesa atracados, as histórias do dia entre outras de peixes enormes foram tomando conta das conversas.

Posteriormente ao café deu-se início à entrega de prémios do VI Troféu de Pesca-submarina do Dia da Marinha de 2014. Procedeu-se a uma elucidação da distinção do Herculano Trovão e a consequente entrega de prémios desse Troféu.
Sorteou-se o material e por fim, já com a FPAS a “tomar conta”, deu-se a leitura da classificação do Campeonato Nacional de Pesca-submarina de Duplas 2014, procedeu-se à entrega dos respetivos prémios e consequentemente ao início da Cerimónia do 60º Aniversário dos Campeonatos Nacionais.



Nesta Cerimónia tomaram a palavra o Sr. José Moreira Rato, o Sr. António Júlio Cruz, e na fase final, após a entrega de medalhas e diplomas aos ex-campeões nacionais de pesca-submarina, a ex-dirigentes federativos e a instituições que apoiam a modalidade, o presidente da FPAS fechou a respetiva Cerimónia.

        A organização agradece a todos os que apoiaram o CNOCA neste evento único e marcante para os pescadores submarinos e naturalmente para a modalidade.

OBRIGADO



 O seccionista,
Hugo da Guia