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sábado, 22 de outubro de 2016

Uma pesca inesperada


Às vezes as coisas que acontecem inopinadamente e sem qualquer planeamento são aquelas que resultam melhor, e as que, pelos resultados inesperados, mais superam as nossas expectativas e nos deixam satisfeitos e preeenchidos.
A pesca que vos vou contar enquadra-se nesta categoria de acontecimentos insuspeitos e bem sucedidos, e merece por isso ser aqui relatada.



Tudo se passou num dia deste generoso Outono, em que a meteorologia apresentava mais uma vez um dia bonito e com bom mar, mas em que vários compromissos me afastavam da possibilidade de ir para o oceano praticar este excelente desporto que é a Pesca Submarina. Por esse facto afastei completamente tal possibilidade do meu pensamento, ainda que muito a custo, pois as previsões que se avizinhavam traziam ecos de mudança meteorológica e anunciavam a invernia a chegar com os seus temporais, sabe-se lá até quando... 

Mas, subitamente, eis que, após o almoço, os compromissos vespertinos surpreendentemente desapareceram, como uma nuvem sombria que inesperadamente se desvanece, e a tarde ficou livre para poder ir para o mar! Demorei algum tempo até que essa hipótese, que tanto me tinha esforçado por recalcar, viesse de novo à minha mente, mas, assim que surgiu, imediatamente comecei os preparativos. Antes ainda tive tempo de, num rápido telefonema, desafiar o Nuno Rosado: podia ser que ele também pudesse vir pois é sempre melhor ir para o mar em boa companhia. Mas, infelizmente, também ele andava ocupado e deu-me nega, pelo que comecei desde logo a arrumar o material, que costumo ter sempre pronto e preparado, pois o tempo era escasso! Contudo, logo ao primeiro teste à lanterna verifiquei que esta estava completamente descarregada. Poderia ir sem lanterna, mas queria ir visitar um buraco de safio que provavelmente teria peixe, pelo que tal seria desaconselhado... que fazer... bem, pensando no safio e no pouco tempo disponível para uma pesca mais ambiciosa não havia outra alterativa que não fosse colocar a bateria da lanterna a carregar e adiar mais 20 minutos a minha saída. Assim, após uma breve carga da bateriaque apenas daria para um uso muito moderado da lanterna, lá me fiz ao caminho.
Após algum tempo da viagem, à chegada ao spot foi equipar rapidamente e entrar na água. Esta estava um pouco turva, sobretudo na borda, mas, ainda assim aceitável para pescar mais por fora. 

O tempo era pouco e não havia tempo para inventar: era ir às pedras conhecidas, pescar e voltar, pois o por-do-sol era cedo... Lá me fiz ao mar e, após localizar as baixas onde fica o buraco no qual esperava encontrar um safio, comecei por optar fazer uns agachons pois havia movimento de peixe miúdo. Durante um destes agachons entra um grande robalo, logo seguido de outro do mesmo calibre. Optei por este último, apontei a arma, tendo de disparar um pouco antes de ter o punho ao nível do olho, pois os peixes já se preparavam para zarpar para outras paragens. O tiro saíu por isso um pouco alto, tendo acertado no lombo do peixe, por baixo da barbatana dorsal. Subi deixando o peixe correr fio do carreto, o qual depois recuperei com cuidado até conseguir agarrar o robalo. Confirmou-se um peixe de bom porte, um "bébé" como lhes chama o Guia!... Já tinha valido a pena a pesca, mesmo que rápida e curta! Satisfeito com esta captura, insisto nos agachons, demorando alguns até ao limite da apneia. Numa destas apneias aparece um cardume de tainhas que se aproxima e quase me envolve, entre estas surge um silhueta distinta, de um peixe bem mais robusto, o qual se aproxima curioso e que reconheci como um lírio de bom tamanho, pelo menos para estas paragens. O peixe chega-se a tiro e desta vez este saiu perfeito: o charuteiro, como é designado na Madeira, atingido na espinha, simplesmente afundou no sítio onde estava. "Nem disse nada" como diria o meu amigo Frank Zino! Agarrei o peixe e regressei já com ele à superfície, podendo aí congratular-me com o facto de o tiro ter sido paralizante, pois constatei que a barbela não tinha passado para o outro lado do peixe! 
Já com a pesca feita, não podia contudo deixar de ir ainda visitar o buraco de safio, tendo verificado que, como supunha, este estava habitado por um safio decente, o qual foi capturado sem história e foi mais um a juntar-se ao enfião.
Agora havia que voltar a terra, desequipar e fazer o caminho para casa, que o ocaso já se avizinhava.


À saída ainda encontrei um pescador que me tirou um fotografia com o telemóvel, que ficou de fraca qualidade, até porque a luz já escasseava, mas que ainda assim aqui reproduzo.
Agora sim, já me sentia com balanço moral para enfrentar os longos dias de invernia e mar mau que se aproximavam inexoravelmente!


As outras fotos foram tiradas já em casa, com uma máquina com flash e assim ficaram mais aceitáveis.

Moral da história: mesmo com pouco tempo e inopinadamente vale sempre a pena ir ao mar!

Um abraço subaquático e bons mergulhos, sempre em segurança!

António Mourinha 

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Um sonho, um peixe, um Pargo!

      Pescar é tentar criar a nossa realidade, é forçar os sonhos a tornarem-se realidade. Assim faço eu há cerca de 20 anos. Neste período tenho sonhado com peixes de espécies e tamanhos diferentes, com lances de pesca, com dias de Mar chão e aragens, com imagens semelhantes a alguns vídeos e fotografias vistos naqueles Invernos mais rigorosos.... foi assim que surgiu o sonho de apanhar um Pargo.
 
      É contudo demasiado óbvio que existiram dezenas e dezenas de vezes que fui ao Mar nestes anos e que nem me lembrei que este peixe existia, inicialmente porque não fazia parte dos objetivos e porque pescava apenas na zona de Viana do Castelo, posteriormente porque a probabilidade de um encontro com estes Senhores é baixa, ou muito baixa nas zonas onde pesco no centro do país e com o tipo de pesca que pratico. Refiro contudo que apanhei um pargo (parguito muito pequeno) legítimo em Sines logo no início da “carreira”, que vi alguns pargos mulatos no Algarve com o amigo Tiago Mota e que capturei um pargo sêmea este ano com cerca de 700g num sítio onde “não há peixe”. Os sonhos continuavam assim claramente por saciar.
 
      Como alguns sabem tenho estado, por motivos profissionais, no Arquipélago da Madeira, local onde tenho tentado fazer uns dias de Mar e onde os sonhos se podem tornar realidade. Os que conhecem estas águas sabem contudo que a vida de fundo não abunda e que nem sempre é fácil apanhar uns peixes, embora em conversas com alguns residentes na Ilha tudo pareça mais fácil, como é exemplo disso algumas conversas que tive com o Rui Sousa, entre outros.
 
      Nas pescarias que tenho feito por cá tenho apanhado algumas vejas e preguiçosas, principalmente durante o Campeonato Regional de Promoção da Madeira, uns enxaréus, algumas bicudas, umas garoupas, algumas saimas, uma delas gigante, poucos sargos, alguns lírios pequenos, um safio, um belo peixe cão, um bom polvo e, umas lapas para o petisco. Ou seja, nada de novo, a não ser algumas saimas de bom porte, um avistamento de uma anchova gigante, peixe que procuro há uns meses para cá, o peixe cão, a tentativa de capturar algumas bicudas de bom porte e ainda o facto de ter visto uns serras muito grandes ou mesmo atuns em Porto Santo e umas bicudas acima do meu recorde pessoal. Ou seja, o Pargo ficava assim cada vez mais esquecido até que, com a companhia de uns camaradas decido ir pescar umas vejas para o jantar na zona do Lido. E quando começava já a ficar impaciente, pois as vejas de tamanho assinalável para a Região mantinham uma distância quase sempre fora do alcance útil de tiro, passado quase uma hora, decido apanhar uma mais pequena e quase que decido abandonar e ir ao mercado comprar peixe para o jantar previamente combinado. Eis que decido repetir uma zona com umas vejas de kg. Numa das esperas, avisto o meu sonho, entra-me um peixe grande de cabeça, inicialmente penso num lírio de bom porte, logo de seguida apercebo-me que é um bom pargo, o qual de dá o flanco e que por hesitação não é arpoado no imediato, ainda me veio à cabeça que não tinha a arma ligada à bóia, que ia falhar o tiro, que ia desperdiçar o sonho, a realidade..... até que o peixe decide ficar a ¾ quartos para de seguida, e um pouco mais longe, me dar novamente o flanco, aí disparo e mesmo sem abrir o carreto, oiço aquele barulinho espetacular, rrrrrrrrsssssssssssssss! O peixe tentou afundar em direção a umas pedras no fundo mas ao sentir a prisão que fiz no fio, inverteu a direção e bateu violentamente por diversas vezes numa grande pedra. Aqui pensei que ia perder o peixe e na falta que me fazia o meu companheiro habitual de pesca ou a proximidade de um dos camaradas da jornada, pois não conseguia vislumbrar e garantir que o arpão tivesse trespassado o peixe e a barbela aberto do outro lado do mesmo. Aos poucos fui recolhendo fio para o afastar das pedras até que o peixe ficasse a cerca de 1m do fundo, tentei cansa-lo o mais possível, pois nadava em círculos e tentava atingir novamente o fundo. Após alguns minutos e com os camaradas ainda longe, fui calmamente recolhendo fio, até que acabo por atingir o arpão e ter a certeza que a barbela estava do outro lado. Assim que pude amarrei-o pelas guelras, o que consegui à segunda tentativa, altura em que tive a certeza que já não me fugia. Arrematei o peixe e coloquei-o na bóia.
 
 
      O dia estava feito mas, em vez de regressar decido tentar apanhar mais uma ou duas vejas, nem que fossem pequenas, não fossem os meus convidados não gostar de pargo. No mergulho seguinte vejo outro pargo que estava estacionado à sombra de uma grande pedra, este viu me primeiro e passa à minha frente de fugida para o azul.... como é que é possível penso eu, milhares de apneias e nada de pargos, dois mergulhos, dois peixes..... é a pesca “cfdghjhgo”, é a pesca “carjgahtijolho”.
 
E assim tornei a realidade num sonho, desculpem, o sonho realidade. Lamento a minha confusão!
 
PS - E numa passagem rápida no molhe acabei ainda por capturar um xaréu bem bom!
 
Não desistam.
 
 
Hugo da Guia

domingo, 4 de setembro de 2016

Como capturar peixe-porco.


Depois da excelente receita de peixe-porco que o Nuno Rosado aqui nos deixou, pareceu-me importante partilhar convosco uma técnica que utilizo para capturar esta espécie de inegável valor gastronómico.
Saliento desde já que a técnica que vou partilhar não é infalível, mas que normalmente dá excelentes resultados conforme poderão constatar nas fotografias abaixo...

"Que sorte, limparam-me a tripa toda ao peixe!"

1. O primeiro passo é capturar um serra, espécie que o peixe-porco adora trincar. Mas atenção que não se pode capturar o serra por qualquer sítio, sob risco de a técnica não funcionar. Assim para obter os resultados desejados há que capturar o serra pela barriga para que este fique mais atrativo ao peixe-porco. Este é um ponto essencial, pois como podem ver na foto abaixo, quando não se apanha pela barriga nem um peixinho-porco aparece no enfião...

Note-se que quando o tiro não é na barriga não se atingem os resultados desejados...

2. Após capturar o serra (pela barriga, recorde-se) devem-se colocar algumas das tripas deste peixe de fora pelo buraco aberto na barriga. Então colocar o peixe na boia e esperar... (nota: podem-se ir fazendo alguns agachons de permeio para não ficar aborrecido)

3. Quando o cardume de peixe-porco aparecer a comer a tripa do serra é capturar a gosto. Para os mais preguiçosos (como é o meu caso, diga-se de passagem) pode-se deixar comer a tripa toda para já não ter que arranjar o peixe em casa...

Este foi um dia mau: o peixe-porco não apareceu...

Para os dias maus em que não se consiga apanhar o serra pela barriga, ou em que o peixe-porco não apareça, à falta de ceviche sempre se pode compensar com um sashimi do dito serra e esperar por melhores dias...

"Á falta de ceviche podemos sempre contentar-nos com um sashimi..."

Com um abraço subaquático e votos de boas pescarias,

António Mourinha

domingo, 14 de agosto de 2016

Receita: Ceviche de Peixe-porco






Olá a todos! Com o chegar do tempo quente chegam os cardumes de Peixe-porco, peixe fácil de capturar, mas de inegável valor gastronómico. Assim, naturalmente, todos os pescadores submarinos acabam por os capturar, mas depois o que lhes fazer? Aqui vai uma receita Peruana, apropriada para o tempo quente, por se tratar de uma saborosa salada fria. Esta é uma receita que me foi passada há uns anos pelo mestre Pacheco que permite que com um filete, meia dúzia de ingredientes e sem lume, se faça um verdadeiro manjar que tanto se pode comer como entrada como se de marisco se tratásse, como pode constituir uma boa e saudável refeição, acompanhado de batatas cozidas ou de um simples arroz.



1. Separar a pele. Faço-o correndo a faca à volta do peixe e depois separando a pele com a faca;




2. Retirar os 4 pedaços de filete;




3. Retirar a fila de espinhas ao centro;




4. Cortar em pedaços pequenos;




5. Ensopar em limão durante 1 hora;




6. Cortar em pedaços cebola, cornichons e pimento em picles;




7. Espremer bem o limão do peixe e juntar tudo. Depois adicionar ervas tais como: coentros, manjericão, coentro vietnamita ou poejo… ou outras a gosto J;




E está Pronto!!!

BOM APETITE e BONS MERGULHOS!

Nuno Rosado

domingo, 10 de julho de 2016

XI Encontro de Pesca Submarina do CNOCA - Praia do Burrinho, Sines

Disputou-se no passado Domingo, a XI edição do Encontro de Pesca Submarina do C.N.O.C.A., na variante individual, com entrada à “barbatana” na Praia do Burrinho (Sines).


Trata-se de um encontro de pesca submarina intersócios aberto também a alguns atletas convidados.

O principal neste Troféu é a segurança, o convívio saudável entre os participantes e famílias, mas também passar animados momentos debaixo de água, praticando este magnífico desporto do corpo e do espírito que é a pesca submarina.



Momento de camaradagem entre dois cinquentões da prova, o Carlos Melo e o Paulo Silva (Francês)!

Com toda esta conversa podem os leitores pensar – que grande seca, é só paleio – no entanto desenganem-se os incautos, pois todos os atletas dão o seu máximo para conseguir a melhor classificação.
O regulamento privilegia as espécies piscícolas com maior valor gastronómico, por isso inclui também os chamados “peixes de areia” como o linguado e a solha, e os moluscos cefalópodes polvo, choco e lula. 
Estas espécies de peixes e moluscos, que não fazem habitualmente parte das classes pontuáveis em competição, recebem neste Troféu uma bonificação fixa (à semelhança do que acontece nas provas oficiais para os safios, moreias e peixe-porco), não tendo a pontuação peso de um ponto por grama conforme os outros peixes pontuáveis. 
Mas, em contrapartida, a tainha e a salema não estão incluídas, não sendo por isso espécies pontuáveis.

O encontro propriamente dito teve uma duração de quatro horas, apresentando o mar inicialmente boas condições para a prática da modalidade, com uma visibilidade média próxima dos seis metros.


Contudo, com o decorrer da prova, as condições de mar pioraram ligeiramente, levando a uma diminuição progressiva da visibilidade e a que alguns atletas tivessem algumas dificuldades na saída, com trambolhões incluídos... 


Adicionalmente, o acesso, que na descida já apresentava condições para umas boas escorregadelas na lage lisa, na subida revelava-se ainda mais difícil não fora a ação do Nuno Rosado e do Paulo Vilela, que, com recurso aos cabos das boias, realizaram uma verdadeira operação de resgate. Foram inexcedíveis, utilizando os cabos para facilitar a subida dos atletas, e ajudando-os também no transporte do material e pescado. 


Dentro de água, que se apresentava bastante fria para a época do ano, o pescado não se revelou muito abundante, obrigando os atletas a efetuarem pescas esforçadas, com a necessidade de muita pesquisa pelo peixe, do qual se destacou o bodião como a espécie mais abundante nas pescarias efetuadas.

Após a chegada a terra dos nove atletas participantes, verificava-se que o Carlos Melo e o António Mourinha apresentavam aparentemente as melhores pescas. 


As pesagens foram bastante animadas, tendo sido utilizada para o efeito uma balança digital suportada pela própria placa indicativa da Praia do Burrinho! 


O peixe estava em geral magro, levando a que alguns exemplares, sobretudo de sargos, não pontuassem por poucas gramas, deixando os atletas a protestar...


O Carlos apresentou à pesagem seis exemplares válidos de duas espécies diferentes, sargo e bodião. O António tinha quatro peixes válidos, de três espécies diferentes, bodião, moreia e uma abrótea de grande porte!...


Mas também os atletas João Guerreiro e Hugo da Guia com cinco exemplares válidos cada um apresentavam pescas dignas de registoPerante este cenário ninguém podia, mesmo depois da pesagem, definir com precisão quem venceria!... 


Abaixo do esperado ficaram os atletas, Paulo Silva (Francês), de quem, após o excelente desempenho no nacional, se esperava mais do que apenas os dois peixes capturados, e o Nuno Rosado, que anunciou antes da entrada vontade de integrar o pódio, mas que também apenas pontuou dois peixes.

Mais tarde, já no restaurante, o suspense quanto à classificação final mantinha-se, enquanto se degustava uma bela feijoada de búzios e se contavam as já habituais histórias dos peixes perdidos, que se apresentavam bem, mas ainda assim não se conseguiram apanhar… Fica para a próxima… Também as discussões sobre o método de pontuação a utilizar animaram o almoço, obrigando o juri a ter de tomar decisões quanto à bonificação por espécie dos cefalópodes, decisões que, não obstante, não tiveram qualquer influência na organização da pontuação final.


Após o repasto foram sorteados diversos prémios pelos atletas incluindo diversas t-shirts, bonés da Esclapez Diving, DVDs de pesca submarina, entre outros.


Por fim, no momento mais esperado, o comissário de pesagem, Paulo Silva, anunciou por ordem inversa a seguinte Classificação Final: 

Classificação Final
Nome
Clube
Nº Capturas
Pontuação
António Mourinha
C.N.O.C.A.
4
9680
Carlos Melo
C.N.O.C.A.
6
9470
João Guerreiro
C.N.O.C.A.
5
8640
Hugo da Guia
C.N.O.C.A.
5
7940
Nuno Rosado
C.N.O.C.A.
2
4000
Paulo Silva
C.Vela Lagos
2
3830
Filipe Vieira
C.N.O.C.A.
2
2500
Paulo Vilela
Convidado
0
0
Pedro Paulo
C.N.O.C.A.
0
0
  
O Maior exemplar foi a Abrótea de 1,790 Kg capturada pelo António Mourinha.

Mereceram também uma menção honrosa os atletas Nuno Rosado e Paulo Vilela que asseguraram a todos os participantes uma subida tranquila, na escorregadia laje da arriba, coberta de limo, que leva ao parque de viaturas. Foram por isso brindados pela organização com uma t-shirt cada.

Finalmente foram entregues os troféus aos atletas do pódio, seguindo-se as respetivas fotografias para a história. Parabéns aos vencedores!


Parabéns também à organização, a todos os atletas participantes e aos familiares que os acompanharam, e que assim contribuiram para mais este excelente convívio da Secção de Pesca Submarina do CNOCA.

Um abraço subaquático e bons mergulhos!




segunda-feira, 23 de maio de 2016

8º Troféu de Pesca Submarina do Dia da Marinha, Campeonato Nacional de Duplas 2016 e III Troféu Herculano Trovão


Após adiamento de uma semana devido a condições adversas para a prática da modalidade, realizou-se no dia 15 de Maio, em simultâneo, o Campeonato Nacional de Duplas 2016, o Troféu de Pesca Submarina do Dia da Marinha 2016 e o Troféu Herculano Trovão, este último destinado a distinguir os maiores exemplares capturados.

A prospeção apenas possível em escassos dias, porque neste reduto do concelho de Sesimbra que nos sobejou, o mar virado a Oeste não perdoa e muda constantemente a paisagem submarina. Ainda assim, nessas abertas, saíram belos sargos e alguns robalos. Dos homens das canas ouvíamos ainda queixas de estralhos partidos – ou corvinas ou cações. Com o aproximar da data foi-se vendo cada vez menos peixe branco, mas algumas tainhas calmas e em cardume.

No decorrer da semana anterior, todas as previsões apontavam para um domingo com mar acessível a todos os atletas e, chegado o dia assim aconteceu, o mar mostrava-se limpo mas com vento, fator este a ter em conta e que veio a trocar as voltas a algumas duplas. Apesar de algum vento e da corrente forte não houve qualquer problema para a segurança dos participantes.



A concentração dos atletas na Praia das Bicas ocorreu a partir das oito da manhã, tendo-se apresentado 17 duplas a concurso. Pelas nove horas deu-se início à reunião entre os atletas e a organização (Federação Portuguesa de Atividades Subaquáticas – FPAS e Clube Náutico de Oficiais e Cadetes da Armada – CNOCA) e pelas 09:30 teve início a prova, tendo terminado às 14:30 com todos os atletas obrigatoriamente fora da água.


Dada a partida era grande a azafama a tentar ganhar os pesqueiros, uns corriam por entre as pedras, outros recorriam às pranchas para acelerar e outros afundavam-se a andar na areia. Do lado esquerdo, onde afluíram as duplas com maiores ambições, a pesca era na borda em busca de tainhas e salemas, mas destas não havia sinal e rapidamente se rumou a águas mais fundas. Durante a prova o peixe foi muito pouco, as capturas foram surgindo a um ritmo lento, as duplas andaram muito dispersas umas das outras, cobrindo toda área de prova. Com água a 15ºC e zonas com boa visibilidade, só com persistência é que os atletas foram fazendo as suas capturas.

Pelas 14:30, já no areal da Praia das Bicas, foi possível constatar o número reduzido de capturas e tamanho dos exemplares, com excepção para a inevitável saída de troféus de uma das super-duplas. O Jody e o André, segundo consta, lá fora, surpreenderam um cardume de corvinas das quais penduraram as duas da imagem, de 9 e 12 kgs. Com mais 15 peixes que poderiam pontuar eram eles claramente os vencedores dos três títulos.

Jody Lot e André Domingues, com os seus troféus. Bonitos peixes!


Apesar do pouco peixe abundou a boa disposição entre os atletas após a saída da água, como se pode constatar nas fotos abaixo. 














Depois de concluída a prova e feita a contabilização do número de capturas, por parte dos membros da FPAS, os atletas desequiparam e dirigiram-se para as instalações do CNOCA na Base Naval de Lisboa onde os esperava um almoço e a “terrível” balança das pesagens.


O Paulo Silva, mais uma vez precioso auxiliar nas pesagens, brindou todos com a sua boa
disposição de incansável contador de histórias 
...

O Mourinha e o Reis Vieira, nas pesagens. O primeiro, que se andou a gabar aqui no
Blog 
antes da prova, acabou por pontuar apenas uma abrótea... eh, eh, eh...

No final das pesagens foram oferecidos cerca de 50 kg de pescado à Instituição de
Solidariedade Social “Vale de Acór”, do Monte da Caparica.

Chegada a hora de conhecer os pódios, como já era esperado a dupla vencedora do dia foi a dupla composta pelos atletas André Domingues e Jody Lot que se sagraram Campeões Nacionais de Duplas 2016, venceram o 8º Troféu de Pesca Submarina do Dia da Marinha e ainda capturaram o maior exemplar, uma corvina com 12,495Kg, conquistando assim também o Troféu Herculano Trovão. A dupla Matthias Sandek e Humberto Silva ficaram em 2º lugar no Campeonato Nacional de Duplas 2016, e no Troféu de Pesca Submarina do Dia da Marinha, tendo a dupla João Peixeiro e Pedro Domingues ficado em 3º lugar, também em ambos os troféus.
Foto das três duplas que constituiram o pódio do Troféu do Dia da Marinha 2016 e do 
Campeonato Nacional de Duplas 2016

A corvina do André, a abrótea do David Neves e a abrótea do Carlos Melo arrecadaram, respetivamente, o 1º, 2º e 3º prémios do Troféu Herculano Trovão, para o maior exemplar.
Por equipas o Estoril Praia ficou em primeiro, seguido do CNOCA em segundo e do Grupo Desportivo e Cultural da Administração do Porto de Sines, que fechou o pódio.




O almoço e o convívio entre os atletas foram muito agradáveis, todos tiveram oportunidade para partilhar as suas histórias e aproveitar a honrosa presença dos ilustres convidados António Bessone Basto e Hérculano Trovão (filho).



O nosso clube, o CNOCA, conquistou pois um honroso segundo lugar por clubes no Campeonato Nacional de Duplas 2016. Das classificações individuais dos nossos atletas, destacam-se o quarto lugar obtido pelos atletas Carlos Melo e Nuno Rosado no Campeonato Nacional de Duplas 2016 e no Troféu de Pesca Submarina do Dia da Marinha 2016 e o terceiro lugar no Troféu Herculano Trovão.

A todos os atletas do CNOCA que participaram nesta prova e na sua organização, nomeadamente, António Mourinha, Filipe Vieira, Jorge Luz, João Guerreiro, Nuno Rosado e Carlos Melo parabéns pelo 2º lugar por clubes, bem como pelo esforço e empenho demonstrado na organização, realização e participação neste evento que se pode considerar já um marco no calendário nacional de provas de caça submarina, como demonstra o facto de esta competição organizada e realizada pelo CNOCA e pela FPAS, em parceria, vir sendo das provas mais animadas e com maior número de atletas inscritos.



Para o CNOCA é sempre um prazer e um privilégio receber em sua casa os amantes deste fantástico desporto, sejam eles iniciantes na modalidade ou sejam os melhores atletas de pesca submarina de Portugal, da Europa e do Mundo, como foi o caso!

Finalmente, a Secção de Pesca Submarina do CNOCA deixa o seu sincero agradecimento:
-        À FPAS pelo apoio e colaboração com que sempre temos podido contar;

-        Aos nossos patrocinadores, designadamente, a Pinguim Sub, a Fanatik, a Beauchat e a SparusSub, que permitiram brindar os participantes com as várias ofertas que foram sorteadas;

-   Aos clubes participantes, os quais se têm esforçado por dinamizar e revitalizar este desporto;

-      E sobretudo, a todos os participantes, pela participação, pela camaradagem e pela boa disposição com que pautaram a sua participação nesta prova!

Com votos de bons mergulhos e até breve.
A Secção de Pesca Submarina do CNOCA