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domingo, 17 de julho de 2011

CAÇA AO BURACO


Acerca de um ano descobri um buraco numa pedra que ninguém dá nada por ela, trata-se de um buraco quase imperceptível, mas de bom acesso e muito pouca profundidade (na baixa mar ronda os 2,5m). Este buraco tem sido a minha arrecadação de safios, mais ou menos de mês a mês encontro lá um…e sempre com tamanhos razoáveis, junto a este há também umas fendas que frequentemente têm abróteas, mas não as mato para não “secar” o spot.
Este tipo de pedras que vêm até á superfície, possuem muitos perceves, mexilhões e muita vida, logo muito alimento, tenho procurado outros buracos com estas características mas não tem sido fácil, eles existem mas são pequenos para alojar grandes safios, este buraco que vos falo tem uma área estreita com uns três metros de profundidade para dentro da pedra, mesmo à conta para alojar um safio de bom porte, que me lembre já de lá tirei uns cinco safios jeitosos.



Nesta primavera, depois de uns quatro meses sem mergulhar no cabo de Sines devido ao rigoroso estado do mar, consegui apanhar um daqueles dias em que o mar nos dá uma maravilhosa trégua e nos possibilita caçar mesmo encostados às pedras, depois de apanhar uns peixitos lá fui eu á dita pedra, mergulho e assim que me estou a aproximar das fendas vislumbro logo uma grande cabeça de safio a refundir-se para o buraco, visto que era um bom bicho vim para cima para preparar outro mergulho, mergulho novamente, acendo a lanterna e lá está ele, ainda curioso, dou-lhe um bom tiro na cabeça mas ele entortou o arpão todo e refundiu-se ainda mais para dentro, vou á bóia tiro outra arma e outro tiro certeiro, alguma luta, dois arpões tortos, um emaranhado de fios e 20 minutos depois já estava no enfião, passava dos 14kg. Arroz de safio para a família toda…




São estas coisas que nos fazem adorar este desporto…
Boas caçadas…
Jorge Luz




Pesca na Samarra


Após mais de um ano sem visitar este local, onde já se têm feito umas pescarias jeitosas, mas, devido às suas características, muitas vezes em condições difíceis, de mar (com correntes à mistura) e de visibilidade, lá pareceu reunirem-se condições propícias e desafiei o Chico Viegas para um mergulhito matinal. Quando chegámos verificámos que, de facto, o mar estava bom, mas a visibilidade não prometia... e com efeito assim foi, mal dava para se ver a ponta da arma, isto nos melhores sítios. Mas com estava a estrear as minhas novas barbatanas de carbono, umas GFT assimétricas, estava cheio de pica, sobretudo para fazer uns mergulhos, e por isso não iria desistir... desafiei o Viegas para irmos fazer uns mergulhos mais por fora, talvez déssemos com algumas pedras e a visibilidade melhorasse: fomos até aos 14 metros e nada, nem a visibilidade melhorava grande coisa, nem encontrámos pedras de jeito, então encostámos outra vez, cada um para o seu lado.

Mesmo sem visibilidade, o Chico deu com umas pedras com sargos e lá conseguiu trazer 5 sargos de dose, a comporem o enfião.

Quanto a mim, também vi alguns sargos, dos quais apanhei 3, todos "palmeiros" como os do Viegas, mas sobretudo dei com uma zona com polvos, com os quais me entretive durante o resto das quase 5 horas de pesca e que compuseram o grosso da pescaria.
As barbatanas portaram-se muito bem, tanto nos mergulhos a 14 metros, como a mergulhar baixinho, permitindo-me sobretudo fazer 5 horas de água sem grande cansaço nas pernas, mesmo com falta de treino. Há que continuar a experimentá-las noutro tipo de mergulhos e de caçadas para explorar melhor o seu potencial.

No final o Chico ficou surpreendido com os octópodes, pois ele não viu um único! Não pude deixar de lhe recomendar que mudasse as lentes de contacto...

Abraço e bons mergulhos,

António Mourinha

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Troféus de Junho

Há uns tempos que me tinha comprometido com o Mourinha a vir aqui escrever qualquer coisa...

Como sabem os mais atentos, participei no Campeonato Regional Açores em Abril, mas como a participação não foi grande coisa e também porque acabei por ficar sem fotografias do evento, nem cheguei a fazer a "reportagem".

No entretanto, quem porfia acaba por ter uns encontros interessantes e foi o que me aconteceu nos dois últimos fim-de-semana de Junho, a antever um verão que espero traga mais alguns troféus. Com o aquecimento das águas (ontem já marcava 20º e espero uns 22-23 daqui a um mês), os peixes maiores começam a ir aparecendo por aqui e pode começar-se a sonhar encontrar uma boa anchova, lírio, serra ou xaréu.

Em mais uma manhã passada nas imediações do molhe de Ponta Delgada, um dos melhores spots da costa sul de S. Miguel, onde se pode caçar dos 0 aos 18m e ver uns lírios, xaréus ou mesmo umas serras, quando estou a caçar à índio a uns 8m junto aos tetrápodes, passa-me por baixo das taínhas este belo exemplar de xaréu que viria a pesar 6,5kg. Tive a noção que se o tiro não fosse mortal, o peixe iria provávelmente pelo meio dos tetrápodes abaixo e lá se ia um arpão, mas óbviamente valia a pena correr o risco. A minha 90 com 2 elásticos de 16 portou-se lindamente e o tiro atrás do olho a saír na bochecha contrário deixou o peixe sem "pestanejar".



Na semana seguinte, aproveitando um belo dia de sol, dirijo-me à costa norte para fazer uma caçada na praia dos moínhos, um dos meus spots preferidos para os encontros com as anchovas, que elas já por aí andam. Ao longo do mergulho, vi-as por 3 vezes tendo inclusívé falhado um tiro escandaloso a um belo animal. Quando estava perto do fim do mergulho, eis que me aparece a bela anchova da foto (veio a pesar 6,9kg), confiante a entrar, tendo o tiro da 110 entrado atrás da cabeça e saído quase junto ao rabo. Estava batido o meu record de peso de anchovas e cumprido o objectivo do dia. É escusado dizer que regressei à praia com um sorriso de orelha a orelha.

Resta agora aproveitar o resto do verão para mais algum encontro que ocorra, pois a partir de Outubro estou de volta ao “contnente” e à realidade da pescasub em Portugal.


Abraço, boas férias e boas caçadas.

Rogério Santana