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domingo, 19 de julho de 2015

O maior exemplar (até hoje)..... a Corvina!

        Após uns dias de trabalho atarefados adivinhava-se mais um dia de indisponibilidade, até que já perto das 2100 o telefone toca e fica tudo desmarcado. Deitar as miúdas, levantar a mesa e de seguida fui um pouco ao ICenas ver as previsões...... e não é que o dia que se seguia apresentava boas condições para a "prática da modalidade".
        No dia seguinte, no sentido de não prejudicar muito a faMelga ainda ajudei a preparar as miúdas e depois fiz-me à estrada.
        A ideia era testar uma arma "nova" de 100 e tentar a sorte com as douradas.
        O spot apresentava as condições previstas, ou seja, boas. Após os primeiros mergulhos surgem uns sargos e polvos, decido nem lhes tocar, estava confiante e pensei que caso não apanhasse nada poderia tentar aquela pesca mais tarde. Dali a pouco surge uma dourada no meio dos sargos mas, a dificuldade em a identificar no imediato e a distância fizeram com que nada acontecesse. Continuo a explorar e nada. Alguns minutos depois e mais por fora avisto uma pequena sombra ou um reflexo, algo me disse para mergulhar....... quando chego ao fundo cheguei ao CÉU. Estava um cardume de corvinas como nunca tinha visto, "infelizmente tudo é rápido demais" pois disparei em poucos segundos a uma corvina. Percebi que no cardume havia algumas mais pequenas, talvez também houvesse maiores, não sei e na altura não era o mais importante. Apenas tive uma claramente a tiro, e depois de esta se aperceber da minha presença e quando mudava já de rumo, disparei. No mesmo mergulho constato que o arpão não a tinha trespassado, tento empurrá-lo com força mas este nem se mexeu, decido então amarrar o peixe o qual pouco se debateu e uns segundos mais tarde estou à superfície com as mãos nas guelras do mesmo e penso "quando é que ele vai arrancar e partir isto tudo!". Nessa altura utilizo uma arma mais pequena que estava pendurada e armada na bóia, a do início da jornada, dobro o tiro e - "vais ser minha, deves ter entre 20 e 30 kg". Depois de a colocar no enfião e ao carregar novamente a arma, fico lado a lado com ela, - "parece do meu tamanho". Dei ainda mais dois mergulhos e saí pois ainda havia compromissos da parte da tarde e a pesca estava feita.
       Arma testada, sorte tentada, confiança constatada e Corvina na praia.

       Fotografias tiradas inclusive por diversos veraneantes locais. Os mais curiosos ainda lançaram palpites para o peso, eu pensava nos 30 e poucos kg, uma voz mais experiente lançou para os 40 kg. Na balança marcou 41,2kg.
       Já no carro e de regresso ao planeta e aos compromissos digo para mim mesmo "não posso pedir mais. Tenho que tentar que outras pescas surjam".

Para os mais interessados, as ovas tinham 1,9 kg, no buxo estavam 2 tainhas (uma com cerca de 1 kg) e 6 ou 7 pequenas cavalas......


Até à próxima,

Hugo da Guia

terça-feira, 30 de junho de 2015

Open de Triplas de Pesca-submarina - Cidade de Peniche


           Caçar em Peniche não é claramente a nossa praia, muito menos numa prova embarcada e com muitas milhas de mar para caçar, onde o conhecimento da zona faz claramente a diferença.
          Ainda assim, lá nos juntámos em Oeiras às sete da manhã de domingo para nos deslocarmos até Peniche, onde nos aguardava uma prova na zona sul, entre a Consolação e o Porto das Barcas, com água fria e mar rijinho. As 10 triplas inscritas, essas, eram fortes, com diversos internacionais e pessoal “com outra vida para isto” bem distribuído pelas equipes. Havia ainda uma equipa Finlandesa e outra Espanhola que aproveitaram o Masters da véspera e ficaram para mais um dia de competição.
            A prova de triplas tem algumas particularidades interessantes: cinco horas de prova em que podem estar dois elementos a caçar com o terceiro a atuar como barqueiro, o que acaba por cortar muito o ritmo de cada caçador, pois quando parece que vai começar a correr bem é quando calha a nossa vez de sair da água.
           O ponto de encontro inicial da prova foi por fora das antenas de Pai Mogo, praticamente ao centro da zona de prova, que teve início às 1020. Tínhamos decidido que iniciávamos a prova com o Carlos Melo e o Nuno Rosado na água, ficando eu como barqueiro na primeira hora. Fizeram a primeira caída numa zona um pouco a norte do ponto de encontro, onde o ano passado cacei com alguns camaradas e vimos algum peixe. A zona não era com certeza assim tão má, já que houve mais duas embarcações que vieram colocar outros caçadores ali perto. Certo é que ao fim de uma hora tínhamos dois bodiões duvidosos e uma advertência da organização relativamente à distância entre caçadores. Estava na hora de mudar de poiso e a opção seguinte foi ir bater um local meu conhecido na zona da Consolação. Iniciei a minha participação à procura de umas lajes conhecidas, que não cheguei a encontrar, mas a ir batendo várias pedras naquela zona. Ao fim de meia hora já não sabia que asneiras dizer, já que já tinha rasgado e falhado 3 peixes pontuáveis em situações que normalmente não aconteceriam. Tinham já passado duas das cinco horas de prova e a realidade é que tínhamos a caixa vazia, pelo que se começava a apoderar de nós um ligeiro stress. Já com o Nuno de regresso à água, decidimos ir-nos deixando descair para sul para as imediações do forte, mas o cenário estava cada vez mais negro, já que o peixe era minúsculo e a água cada vez mais tapada e fria.
           A pouco mais de hora e meia do final da prova, decidimos então mudar novamente de zona para uma baía a norte do Pai Mogo, que ninguém conhecia mas que deu “fezada” a alguém. Lá saíram finalmente os 3 peixes que viríamos a pontuar, tendo eu apanhado um bodião de 960g e o Carlos um sargo e uma taínha com cerca de 600g cada.
           Ou seja, foi uma prova boa para ganhar experiência, já que somos todos miúdos novos, com água fria (14º), visibilidades manhosas e pouco peixe, num daqueles dias que nos dizem mas é para nos dedicarmos à pesca.
          É assim a competição de Pesca Submarina, principalmente para quem tem pouco tempo para dedicar à modalidade e vai competir para zonas que mal conhece, apenas pelo amor à causa. Um dia corre bem e até podemos achar que percebemos qualquer coisa da poda, mas na jornada seguinte lá caímos na nossa realidade de quem vai ao mar 20 ou 30 vezes por ano.
Tripla vencedora.... bela pescaria.

Rogério Santana





terça-feira, 16 de junho de 2015

Garoupa Vermelha em Sines

          A fotografia em cima é a de uma captura diferente, a de uma garoupa vermelha pescada em Sines. Para falar verdade nem tinha a certeza do espécime que tinha acabado de capturar, dendo-a colocado com cuidado no enfião não fosse venenosa. Posteriormente lá me disseram maravilhas do que tinha acabado de apanhar, um espécime bastante raro nas nossas águas. Deram-me como hipótese vir em depósitos de cargueiros abertos por estas paragens....
         A captura foi num buraco longo onde estavam dois exemplares, atirei ao mais próximo, o outro, não mais o vi. O peixe cozinhei-o no forno tendo uma carne que me lembrou a de garoupas que já tinha comido, pescadas nos Açores, bem como a da abrótea.

Abraços e boas pescarias.
Eurico Vale

terça-feira, 12 de maio de 2015

VII Troféu de Pesca-submarina do Dia da Marinha 2015 / Campeonato Nacional de Duplas/ Troféu Herculano Trovão

     Começando pelo fim mas por o mais importante, obrigado a todos os atletas que estiveram presentes neste evento, muito obrigado pela vossa participação... obrigado aos patrocinadores, à Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas e à Marinha.
        Conforme planeado há vários meses, realizou-se ontem o VII Troféu de Pesca-submarina do Dia da Marinha 2015 com um total de 42 atletas inscritos. Esta prova, enquadrada nas atividades desportivas organizadas pelo CNOCA no âmbito do Dia da Marinha, contou cumulativamente para o Campeonato Nacional de Duplas de Pesca-submarina e ainda para o Troféu Herculano Trovão, troféu que visa distinguir o maior exemplar por dupla.
        Com previsões quase imprevisíveis. conforme se pode constatar nos apontamentos que se seguem, e mesmo com o Mar muito bravo no dia anterior (ver vídeos e fotos), a organização decidiu manter o dia das provas. Pode-se agora afirmar que foi uma aposta ganha!
Parte dos apontamentos/registos da bóia ondógrafo do Instituo Hidrográfico posicionada em Sines.
O 1º vídeo é das 1100, as fotos das 1715 e o próximo vídeo das 2045 do dia anterior.....

        Assim, pelas 8 horas de domingo havia já várias duplas na Praia das Bicas a observar o mar que para o dia anterior estava muito bom. Mesmo assim todos queriam mais, ou seja, mar mais pequeno. As previsões apontavam para um pequeno período de mar acessível à modalidade, e apontavam para uma melhoria significativa nas primeira horas da manhã, o que veio mesmo a acontecer. Por volta das 0920, e depois da fotografia de grupo, deu-se início à prova.

As duplas dividiram-se pela praia, deixando a zona central para os surfistas que eram muitos.... A visibilidade variava entre os 1 e os 8 metros, a temperatura estava nos 17º e havia força de fundo pois o mar era de Oeste e o período era considerável, facto que fez com que algumas duplas saíssem mais cedo.
A jornada de pesca teve praticamente 5 horas de duração, e neste período as pescarias foram variadas, destacando-se uma bela dourada, 2 pargos sêmea, 1 robalo, alguns rascassos, um grande sargo bicudo, alguns safios e moreias, saimas, tainhas, salemas, bodiões e abróteas.
NOTA: Colocadas neste poster todas as fotografias que nos fizeram chegar. Caso possuam outras fotografias enviem sff para o e-mail do Clube. Obrigado.

Depois das primeiras impressões e muita conversa de peixes perdidos, todos rumaram para a sede do CNOCA, local onde se efetuaram as pesagens e foi servido o almoço.

Após o almoço foram distribuídos os prémios conforme segue:

Classificação do Campeonato Nacional de Pesca-submarina de Duplas.
Classificação por Clubes do Campeonato Nacional de Pesca-submarina de Duplas.
Classificação do VII Troféu de Pesca-submarina do Dia da Marinha 2015.
Classificação por Clubes do VII Troféu de Pesca-submarina do Dia da Marinha 2015.

Como se pode ver, os atletas da casa levaram o CNOCA ao topo da classificação por Clubes do Campeonato Nacional da modalidade.
Ao nível "individual", os resultados foram consistentes, com a dupla Rogério Santana e Jorge Luz a espreitar o pódio e as duplas Nuno Rosado / Carlos Melo (ambos sócios-atleta) e Hugo da Guia / Filipe Vieira a fazerem respetivamente, 6º e 7º no Campeonato Nacional. Os lugares do pódio ficaram com as duplas Pedro Domingues / Matthias Sandeck (1º lugar), João Peixeiro / Rui Torres (2º lugar) e Pedro Silva / Luís Prata (3º lugar).
No que concerne ao VII Troféu de Pesca-submarina do Dia da Marinha, as duplas desceram todas uma posição, alcançando a 5º, 7º e 8º posição, sendo que a dupla Miguel Santos / Pedro Santos se intrometeu no pódio conquistando o 3º lugar.
Todas as duplas presentes lutaram também por o Troféu Herculano Trovão, prova em que os atletas do clube alcançaram o 8º (Hugo da Guia / Filipe Vieira) com uma abrótea de 1,1kg, o 11º (Nuno Rosado / Carlos Melo) e 12º lugar (Rogério Santana / Jorge Luz). Neste troféu o 1º lugar foi atribuído à dupla Pedro Silva / Luís Prata, os quais capturaram uma excelente dourada com 2,265kg.
Fica ainda uma palavra de satisfação ao sócio João Guerreiro pela sua participação, o qual teve a hipótese de participar à última da hora e que por isso não conseguiu arranjar um camarada do Clube, vendo assim gorada a hipótese de representar uma vez mais as nossas cores.

No final foram sorteados vouchers, anunciado o VIII Troféu de Pesca-submarina do Dia da Marinha 2016 para dia 8 de maio de 2016 e como não podia deixar de ser, recorreu-se à fotografia de grupo para finalizar o dia.

Até para o ano e parabéns a todos, com distinção aos atletas da casa - CAMPEÕES.

domingo, 3 de maio de 2015

CNOCA no 1º Encontro do Grupo Octopus Team Portugal

        O CNOCA esteve presente com três associados no 1º Encontro de Pesca-submarina do Grupo Octopus Team Portugal.

Foi no dia 25 de abril que os sócios Jorge Luz, Filipe Vieira e Hugo da Guia compareceram em mais uma jornada de pesca-submarina em Peniche, a qual tinha como finalidade o fomento da modalidade através do convívio entre pescadores submarinos, convívio impulsionado por umas horas de pesca no Baleal e uma bela sardinhada.

Relativamente às pescarias, destacam-se 3 belas douradas, um enorme salmonete, alguns sargos, um belo safio do Filipe Vieira, alguns bodiões do Jorge Luz e principalmente, chocos e polvos. Isto nas águas calmas do Baleal, com uma visibilidade entre os 8 e os 10 metros e a temperatura da água a rondar os 16 graus.

Posteriormente e já na sede do Clube Naval de Peniche, a boa disposição era muita com a ajuda de uma belas sardinhas e não só....
A tripla do nosso Clube.
Contaram-se histórias, travaram-se conhecimentos, partilharam-se dicas sobre material e sítios de pesca, e por fim alinhavaram-se algumas duplas para o próximo evento de pesca-submarina, ou seja, para o VII Troféu de Pesca-submarina do Dia da Marinha (comulativamente o Campeonato Nacional de Duplas de Pesca-submarina e o Troféu do maior exmplar Herculano Trovão) que terá lugar já no próximo dia 10 de maio.

Já no final foi distribuida uma t-shirt alusiva ao evento e mais alguns brindes da Mares e SparusSub, tendo-se conseguido uma bela fotografia da praxe:

O CNOCA saúda a organização e todos os participantes, desejando a repetição o evento em 2016.

domingo, 19 de abril de 2015

CNOCA no Campeonato Regional Individual de Promoção de Pesca-submarina do Continente

        Realizou-se no passado fim de semana, dias 11 e 12 de abril, o Campeonato Regional Individual de Promoção de Pesca-submarina do Continente. A prova teve lugar em Peniche e contou com 5 atletas do Clube Náutico dos Oficiais e Cadetes da Armada, Rogério Santana (LIMOP), Hugo da Guia, Filipe Vieira, Jorge Luz (LIMOP) e João Guerreiro, entre os 25 inscritos.
Assim, pelas 9 horas de sábado lá nos encontramos na sede do Clube Naval de Peniche, local onde se realizou a habitual reunião e após a qual partimos para a zona da 1ª jornada, a Praia do Portinho da Areia.
        Adivinhava-se uma jornada dura, com pouco peixe contudo, havia alguma expectativa nos atletas do clube, que contou este ano com a maior participação de sempre em campeonatos individuais. Expectativa que não se traduziu para a realidade, já que 3 atletas não capturaram qualquer peça pontuável. O desânimo no final do dia era evidente, quer individualmente (XMT João Guerreiro), quer coletivo. Já só durante o jantar se esqueceu o dia menos conseguido e se começaram a apontar baterias para a 2ª e última jornada.
        No domingo a zona de pesca foi a Papoa e após uma noite mais descansada, esperava-se mais peixe e melhores resultados. Apenas as previsões, que apontavam para melhorias significativas do estado de mar, não se concretizaram, o que levou a que dois atletas, um deles do CNOCCA, não se fizessem ao mar e a que outros tantos saíssem mais cedo (um deles nauseado).
Isto porque a força de fundo era muita e a ondulação era considerável, fazendo com que pelo menos o João Guerreiro perdesse peixe do enfião e rasgasse o fato e com que outros atletas andassem também um pouco aos "papéis" à saída da água. O atleta Vitor Moreira chegou mesmo a perder todo o pescado, mas com alguma ajuda lá acabou por o encontrar e ganhar novamente o dia e o respetivo campeonato. As pescas neste dia melhoraram claramente, consequentemente as prestações dos nossos atletas também.
        Parabéns aos que representaram o nosso Clube, contámos com o vosso apuramento e convosco no Campeonato Nacional em Sines (6 e 7 de junho) e Cascais (4 e 5 de julho).

A Secção de Pesca-submarina e Apneia,

domingo, 22 de março de 2015

VII Troféu de Pesca-submarina do Dia da Marinha / Campeonato Nacional de Duplas / Troféu Herculano Trovão

No âmbito das comemorações do Dia da Marinha de 2015, vai decorrer no próximo dia 10 de maio o VII Troféu de Pesca-submarina associado às referidas comemorações. A prova desenrolar-se-á na modalidade de duplas à barbatana e será organizada pelo CNOCA e pela FPAS, contando em paralelo para o Campeonato Nacional de Duplas de Pesca-submarina e cumulativamente para o Troféu Herculano Trovão - Maior Exemplar (por dupla).





DATA:
10 de maio de 2015 - Domingo (dia de reserva Sábado - 09/05/2015);

LOCAL:
Praia das Bicas - Meco;

PROGRAMA:
08:00- Concentração (junto ao Restaurante "Cabana do Pescador");
08:20- Distribuição do regulamento e T-shirt;
09:00/14:00- Prova de duplas à barbatana;
15:00/17:00- Pesagens e almoço;
17:00- Entrega de prémios e sorteio de material.

INSCRIÇÃO:
- 25* Euros por participante federado (com federação em dia) ou outros participantes com seguro desportivo válido para actividades subaquáticas. Almoço incluído;
- 30* Euros: Participantes sem seguro válido. Esta diferença visa cobrir as despesas da organização na emissão de seguro para o dia de prova. Almoço incluído.
(*)- acrescido de 5 euros após 30 de Abril de 2015


NOTA EXPLICATIVA:
Todas as duplas inscritas entram automaticamente para as classificações do Troféu do Dia da Marinha e do Troféu Herculano Trovão (e para o almoço :) ). As duplas que possuírem a filiação em dia estarão igualmente na classificação do Campeonato Nacional de Duplas. Em todas as classificações serão atribuídos prémios ao 1º, 2º e 3º classificados.

CONTACTOS:
Clube Náutico dos Oficiais e Cadetes da Armada
Base Naval de Lisboa
Alfeite 2810-001 - Almada
Telef. e Fax: 21 275 16 14 ou 96 310 70 28 (alternativo);
email: cnoca@marinha.pt e hugo_da_guia@hotmail.com (enviem toda a correspondência para este email como conhecimento. A secretaria do Clube tem o horário das 0900-1700 5 dias por semana).

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Há muito, muito tempo, num lugar especial, quando ainda havia muito peixe...


Como o mar está mau e o peixe escasso, decidi hoje aqui contar-vos uma estória que fui buscar ao baú das recordações, onde as fotografias já vão ganhando o bafio dos anos…
Pois aconteceu há muito, muito tempo, se a memória não me falha, a estória que vou contar, e isto apesar de o tempo ser sempre algo muito relativo…


Era uma vez cinco amigos, que, aproveitando a previsão de um dia de inverno daqueles que aparecem muito poucas vezes, decidiram arriscar fazer 200km para tentar um mergulho num spot especial, desconhecido de quase todos, mas de que alguns já tinham ouvido falar, algures na costa vicentina.
A recolha começou cedo, pouco depois das sete, em Almada, e pelo caminho fomo-nos encontrando com os restantes para iniciar a viagem rumo a sul, num carro carregado de tralha e com problemas na bateria, mas cuja tração integral contávamos que nos pudesse safar nos caminhos difíceis que sabíamos ter que trilhar. Pelo caminho falava-se de tudo um pouco, que nem sempre tínhamos as oportunidades que gostaríamos para pôr a conversa em dia.
Quanto à pescaria, o sentimento inicial era de desconfiança, já que as águas andavam frias e as últimas saídas de pesca que cada um de nós tinha feito nos dias anteriores apontavam para haver pouco peixe. A chegada ao local, recordo-me agora, foi magnífica, pois demos com um cenário esplêndido apesar de a distância dos anos alindar sempre um pouco as memórias, mas de facto era um pesqueiro bonito, com água luza e que o dia luminoso tornava ainda mais clara… Apetecia mesmo ir para dentro de água, mas tínhamos uma bela duna e mais uma boa escarpa para enfrentar até chegar ao mar, daquelas que nos fazem pensar que, se a pesca corre bem, “estou lixado com F grande para carregar o material até ao carro”. Bem, toca mas é a vestir e a despachar, que para lá é a descer, e meia horinha depois estávamos já todos prontinhos para entrar na água e a tirar os azimutes às pedras, a que tínhamos tirado as medidas cá do cimo da ravina.
Entrados na água esta apresentava-se praticamente transparente, mas fresquinha (13º), como já se esperava, com algum peixe a dar sinal de vida e de que a coisa podia afinal compor-se. Apesar de, ao fim de hora e meia de pesca, apenas ter um belo choco e dois polvos, eu, o Guia e o Rosado não desistimos e fomos andando para norte, que o bruto do Mourinha tinha logo dito que queria ir para fora e para sul à procura de troféus. Lembro-me que passei pelo Guia, que me surpreendeu já com uma bela dourada no enfião, e de seguida levei um baile de 3 robalos enquanto um dente me chateava a cada mergulho e me dificultava as compensações.


Mas, de um momento para o outro, a pesca virou, fiz uma dupla de sargos num buraco e até me passou a dor no dente, de seguida passei pelo Guia que estava à volta de uma laje de onde já teria tirado uns quatro ou cinco sargos e logo depois fui chamado pelo Rosado, que já tinha uma linda saima no enfião, para o ajudar numa laje que parecia uma fonte de sargos, onde ele já tinha feito duas triplas e cujos habitantes, não obstante, continuavam a sentir-se confortáveis.


Foram umas duas horas de pesca à antiga, como hoje já não se usa, abundante mas seletiva e em que todos trouxemos os exemplares necessários para repôr os níveis das arcas, algo depauperadas pelos últimos meses de mar agreste. Para finalizar ainda apanhei um belo rascasso e mais dois polvos, e eis que chegada a hora combinada, tudo de papo cheio, regressámos a terra com as pranchas mais pesadas, onde já nos aguardava o Mourinha com um sorriso de orelha a orelha, que o Paulo esse já tinha iniciado a escalada do Everest.


Após a arrumação do material e as fotos da praxe, carregadinhos de boas memórias, olhámos para a escalada que nos esperava e disse a mim próprio mais uma vez que nesse dia ia iniciar uma dieta, já que tinha uns 20 ou 30kg a mais que os restantes para carregar (e não estou a falar de peixe). Escalámos o Pirinéu, alguns com mais dificuldades que os outros (e que saudades eu tive nesse momento das saídas de barco, mesmo que fosse um velho zebro) e quando chegámos aos carros, lá saiu mais uma vez a pergunta do dia: “Aconselhavas esta experiência a um amigo teu?” Resposta: "Só se fosse mesmo muito, muito amigo..."


Faina arrumada, que havia muito quem olhasse para o relógio, arrancámos com pressa, mas, como a fome atormentava algumas almas menos nutridas, ainda tivemos que parar a meio caminho para degustar uma bela bifana na “da Sónia”, à saída de Vila Nova de Mil Fontes, que como sabe bem quem anda nestas andanças, soube a manjar. Volvidos tantos anos, às vezes a saudade aperta e lembro-me que um destes dias teremos de voltar lá, aos mesmos locais, se possível desta vez com a “Cnocasub” como companhia, embora todos saibamos que há anos e dias que nunca mais se repetem…
Com um abraço subaquático,

Rogério Santana

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Pesca de Inverno no Algarve – Desta vez em 2015…


Numa recente passagem por Portimão consegui arranjar tempo para uma saída de pesca submarina com os meus amigos João Rosário e Bruno, acompanhados ainda pelo Cabo CM Rei.        
As condições estavam ótimas, mau grado as previsões desanimadoras do João que apontava para a possibilidade de a água se encontrar suja. Tal não se verificou e assim todos pudemos usufruir de um belíssimo dia de Pesca Submarina. Todos menos o João, que se cortou ao mergulho em cima da hora por causa de uma “noite mal dormida”. Ainda assim não quis deixar de assumir as suas responsabilidades de anfitrião conduzindo-nos a excelentes Spots que só ele conhece.
Assim a pesca lá se foi compondo. Primeiro capturei dois belos chocos num único tiro: encontravam-se juntos, já em pleno ritual de acasalamento, e consegui colocar-me no enfiamento de ambos capturando assim os dois de uma vez.
Mudança de local e bingo, avistei desde a superfície um belo salmonete, que capturei num coulée perfeito, daqueles de fazer inveja ao meu amigo Eurico, alegadamente especialista na captura desta espécie de inegável valor gastronómico. Posteriormente capturei nas proximidades uma abrótea, enquanto o Bruno também ia juntando várias capturas à pescaria.
Novo Spot, desta vez mais fundo, e mais uma vez uma bela abrótea se veio juntar ao enfião.
Aqui o João avisou logo que haveria safios, e com efeito passado pouco tempo um safio de cerca de 8 kg veio fazer companhia às capturas já efetuadas. Mas o João insistiu que era provável que ainda aparecessem mais safios pelo que não me fiz rogado e insisti na pesca ao buraco. Esta opção veio a revelar-se frutuosa, pois após alguns mergulhos deteto um grande safio numa fenda. Atirei ao peixe, mas este ficou vivo e cheio de força pelo que optei por não arriscar a tentar tirá-lo do buraco. Assim chamei o Bruno que me foi trazendo armas até, após três tiros, conseguir apagar o peixe. Revelou-se de facto um grande safio, conforme poderão constatar abaixo… Pois é, quem mergulha com o Rosário arrisca-se sempre a poder fazer capturas destas!      


Com um abraço e votos de grandes capturas,

António Mourinha